Sérgio Conceição tem boa memória: só há três resistentes desde 2017

Manuel Fernando Araújo / EPA

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, atirado ao ar pela equipa durante os festejos do título em 2017/18

Uma comparação entre dois plantéis do FC Porto, baseada em declarações recentes do treinador sobre Otávio, Corona e Marega. Marcano e Sérgio Oliveira estão no plantel, mas já saíram entretanto.

O FC Porto tinha acabado de derrotar o Marselha por 3-0, na terceira jornada da Liga dos Campeões, quando Sérgio Conceição, numa das várias respostas que deu durante a conferência de imprensa, fez uma referência ao seu primeiro plantel enquanto treinador do campeão nacional.

O assunto era Corona: o eventual receio que Sérgio Conceição teve durante o mercado de verão, em relação à possível saída do mexicano, e uma eventual perda de valor do mercado por causa da sua polivalência.

O técnico respondeu que jogadores da sua qualidade não perdem valor e acrescentou que vender passes de atletas é normal, recordando a temporada 2017/18: “Desta equipa penso que só o Otávio, o Corona e o Marega ainda estão desde o meu primeiro ano aqui. Fomos perdendo jogadores ao longo dos anos. Faz parte da vida dos clubes. Não é fácil. Por vezes, como aconteceu este ano, saem dez jogadores e entram outros dez”.

Sérgio Conceição realmente acertou, ao referir os três jogadores que “ainda estão” desde a sua primeira época. O trio que referiu já estava no Dragão há três anos e nenhum deles saiu, entretanto. Sérgio Oliveira tinha acabado de regressar a um empréstimo ao Nantes; em 2017/18 esteve sempre ao serviço no FC Porto (27 jogos) mas foi cedido ao PAOK durante meia época no ano seguinte. Iván Marcano também esteve fora durante um ano, em Roma. Ou seja, ininterruptamente, só resistem precisamente Otávio, Corona e Marega.

De resto, 33 futebolistas foram utilizados na primeira época de Sérgio Conceição no Dragão – e 28 não moram no Porto. Vamos analisar o presente profissional daqueles que, naquela temporada, realizaram pelo menos 10 jogos.

Os guarda-redes eram Iker Casillas e José Sá. O espanhol deixou de jogar por motivos de saúde, o português é agora adversário do FC Porto na Liga dos Campeões porque é titular no Olympiacos. Vaná e Fabiano também jogaram na última jornada do campeonato, para se sagrarem oficialmente campeões nacionais: Vaná está em Famalicão, Fabiano no Chipre, ao serviço do Omonia.

No sector mais recuado jogaram os laterais Alex Telles (que saiu há poucas semanas para o Manchester United), Ricardo Pereira (Leicester), Maxi Pereira (retirado) e Miguel Layún (Monterrey). Os centrais, além de Marcano, eram Felipe (Atlético de Madrid) e Diego Reyes (Tigres).

Os médios mais utilizados, retirando Otávio e Sérgio Oliveira da lista, eram quatro: o capitão Héctor Herrera (Atlético de Madrid), Danilo (PSG), Óliver Torres (Sevilha) e André André (Vitória de Guimarães).

Na frente jogavam, além de Marega e de Corona, habitualmente extremo: Yacine Brahimi (Al-Rayyan), Vincent Aboubakar (Beşiktaş), Soares (Tianjin Teda) e Hernâni (Al-Wehda). Gonçalo Paciência participou em 12 jogos mas começou a época 2017/18 no Vitória de Setúbal, por empréstimo.

NMT, ZAP //

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