Aparentemente, ser feliz pode mesmo ajudar a ter uma vida mais longa — e saudável

Estudo levado a cabo com a participação de veteranos norte-americanos concluiu que as pessoas otimistas tendem a desvalorizar os momentos de stress e dificilmente usam a palavra para descrever as suas emoções.

Pode parecer uma sugestão demasiado simplista, mas os cientistas defendem-na. Apesar de tudo que se passa no mundo, ser feliz — ou tentar sê-lo — pode ter um impacto positivo na vida de cada indivíduo, por exemplo, prolongando-a. Tal acontece devido à ausência de stress ou de situações que a ele estejam associadas.

De acordo com um novo estudo, enquanto os otimistas reagem e superam situações stressantes da mesma forma que os pessimistas, os primeiros otimiza melhor esses momentos tiveram, precisamente, menos fontes de stress no seu dia-a-dia. Algo ainda desconhecido para os cientistas tem que ver com a forma como estes diminuem a sua dose de stress, havendo, ainda assim suspeitas: evitando discussões, perder as chaves, filas de trânsito e outras irritações comuns. Estes parecem ser os métodos mais recorrentes, no entanto, há quem seja incapaz de sentir stress de todo.

Segundo estudos anteriores, os otimistas parecem viver períodos mais longos e de forma mais saudável, mas os autores não conseguiam estabelecer relações entre as suas atitudes. “Tendo em consideração os estudos anteriores que relacionavam o otimismo com o longevidade, um envelhecimento mais saudável e um menor risco das principais doenças, pareceu um passo lógico estudar se o otimismo pode proteger contra os efeitos do stress entre os adultos mais velhos”, explicou Lewina Lee, psicóloga clínica no Veterans Affairs Boston Healthcare System e professora na Universidade de Boston.

A investigadora e a sua equipa analisaram informação providenciada por 233 homens que tinham pelo menos 21 anos quando entraram numa pesquisa feita pela Comissão de Veteranos norte-americanos, a qual distribuiu questionários entre 1980 e 1999 para avaliar os níveis de otimismo. Entre 2002 e 2010, estes indivíduos preencheram até três registos diários, durante oito dias, no qual apontavam o seu estado de espírito e outras situações de stress com as quais se confrontavam.

Inicialmente, os investigadores suspeitavam que os otimistas seriam capazes de recuperar mais rapida e facilmente de uma situação negativa do que os pessimistas, mas não foi isso que os dados recolhidos evidenciaram. “Descobrimos que os mais otimistas dizem ter menores doses de stress, o que ajuda parcialmente os níveis mais baixos de negatividade”, avançou a investigadora. “Isso sugere que talvez as pessoas ou limitam a sua exposição a eventos stressantes ou têm uma menor tendência a categorizar certas situações como causadoras de stress.”

Apesar de o novo estudo se focar sobretudo em homens mais velhos, Lewina Lee considera que as conclusões se podem aplicar também às mulheres.

ZAP //

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