Sem família, sem amigos, com 40.ºC: a vida do Palmeiras de Abel

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César Greco / Palmeiras

Abel Ferreira é treinador do Palmeiras.

Preparação muito reservada, com medidas rígidas, antes da final da Libertadores contra o Santos. Maracanã nunca foi palco de festa brasileira neste torneio.

Este sábado vai ser marcado pela final da Taça Libertadores 2020 (que só termina em 2021), que assim vai definir o sucessor do Flamengo de Jorge Jesus, que venceu este torneio em 2019. Haverá outro treinador português a ficar nos registos: ou o Palmeiras liderado por Abel Ferreira, ou o Santos que foi conduzido por Jesualdo Ferreira na presente temporada (saiu em agosto do ano passado).

Agora no Bessa, o treinador do Boavista desejou “muita sorte” à sua antiga equipa e vai ver o Santos defrontar o compatriota Abel, que foi contratado no final de outubro e foi decisivo no percurso do Palmeiras até este jogo decisivo.

Para a final, e muito por causa do coronavírus, a preparação do Palmeiras no Rio de Janeiro – a final será no Maracanã – está a ser rígida e mais isolada do que o normal. Há regras da Conmebol para cumprir e o próprio clube quer um ambiente calmo na Barra da Tijuca, onde a comitiva está instalada.

Não há visitas de familiares, não há visitas de amigos, não há conversas com assessores, indica a Globo. Mesmo as pessoas que foram convidadas para a final pelos elementos do Palmeiras não estão no hotel onde a equipa está.

O que pode condicionar o desempenho dos dois finalistas é a temperatura. Ao longo desta semana, às 17 horas locais (hora de arranque da final, no sábado) no Rio de Janeiro estavam praticamente 40 graus. A previsão para sábado aponta para 37.º C.

Maracanã vai oferecer a taça a um clube brasileiro

O Palmeiras só conquistou a Libertadores uma vez, em 1999, quando o treinador era Luiz Felipe Scolari. O Santos já venceu este torneio em três ocasiões: as duas primeiras no tempo de Pelé, a última já com Neymar a brilhar no Peixe.

A curiosidade é que o Estádio Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, já foi inaugurado em 1950 – ainda antes da primeira edição da Taça Libertadores, disputada em 1960 – mas nunca assistiu a uma vitória de uma equipa brasileira no jogo decisivo desta prova.

Só a LDU Quito (Equador), em 2008, levantou o troféu no Maracanã, quando levou a melhor sobre o Fluminense.

Nuno Teixeira, ZAP //

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