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Cientistas descodificam segredos genéticos do feijão mais resistente do mundo

Entender os genes responsáveis pela tolerância ao calor destes feijões pode ajudar a tornar outras culturas mais resistentes.

O feijão-frade é um alimento conhecido em todo o mundo, particularmente na na África subsariana, uma vez que é flexível em ambientes quentes e propensos à seca.

Este feijão tem sido um alimento dietético presente a nível mundial durante vários séculos devido à sua resistência ambiental e excelentes qualidades nutricionais, como baixo teor de gordura, por exemplo. Na África subsariana, estes feijões continuam a ser a principal fonte de proteína no regime alimentar humano.

Cientistas da Universidade da Califórnia, em Riverside, sequenciaram o genoma do feijão-frade para obter informações sobre os genes responsáveis pela tolerância à seca e ao calor.

Descobrir estes detalhes poderia ser uma esperança para outras culturas, especialmente tendo em conta as alterações climáticas que se vivem e que se avizinham no futuro.

Os genomas são compostos por sequências altamente repetitivas de ADN. Stefano Lonardi, que participou neste projeto, diz que existem centenas de milhares de peças idênticas neste quebra-cabeças. Descobrir como é que as sequências encaixam é computacionalmente desafiador, segundo o professor de Ciências da Computação.

Segundo o Tech Explorist, o investigador, em conjunto com a sua equipa, recolheu o genoma do feijão várias vezes com a ajuda de ferramentas e software específico, para, de seguida, criar um novo software capaz de misturar os diferentes arranjos genómicos num único quadro completo.

Com este projeto, o feijão-frade junta-se a apenas algumas culturas significativas cujos genomas foram totalmente sequenciados. A investigação foi publicada recentemente no The Plant Journal.

“Estamos a tentar descobrir porque é que o feijão-frade é tão resistente em condições adversas. À medida que nos aproximamos de um mundo com cada vez menos água disponível, torna-se fulcral identificar essa capacidade e expandi-la“, explicou um dos investigadores.

ZAP //

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