Arqueólogos revelaram os segredos de uma estrada Maia, com 100 quilómetros, construída há cerca de 1.300 anos. Este caminho foi usado para expandir o império.
Uma equipa de arqueólogos recorreu a tecnologia laser para mapear uma estrada da civilização Maia, com 100 quilómetros, que pode ter sido construída há cerca de 1.300 anos. O seu objetivo seria ajudar a invadir uma cidade isolado no México. Os especialistas acreditam que tenha sido mandada construir pela rainha guerreira K’awiil Ajaw.
Através de uma tecnologia laser, os cientistas conseguiram revelar alguns dos segredos desta grandiosa estrada, que acreditam ter sido revestida com gesso branco. Se antes se pensava o percurso era sempre reto, agora sabe-se que tinha curvas e fazia desvios por pequenas vilas e cidades.
Com oito metros de largura, a estrada prolongava-se de Cobá, uma das grandes cidades da civilização Maia, até Yaxuná, localizada na Península de Iucatã.
No artigo científico publicado no mês passado na revista Journal of Archeological Science, os arqueólogos estimam que o volume combinado da estrada seja equivalente a 2.900 piscinas olímpicas.
A estrada terá sido então ordenada por K’awiil Ajaw com o intuito de se expandir territorialmente como resposta à ameaça do império de Chichén Itzá. A ocupação de Yaxuná teria aqui um importante papel no combate aos crescentes rivais.
“Foi construída pouco antes de 700, no final do período clássico, quando Cobá estava a fazer um grande esforço para se expandir”, explica Traci Ardren, a arqueóloga coautora do estudo. “Com ascensão de Chichén Itzá, era preciso uma fortaleza no centro da península. A estrada era um dos últimos esforços de Cobá para manter o seu poder”.