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Secretário-geral da NATO almoça com Montenegro. Traz proposta que “não é exequível”

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Miguel A. Lopes / LUSA

Mark Rutte (esq) com Luís Montenegro em Lisboa

Mark Rutte visita Lisboa e encontra-se com Marcelo e Montenegro. Volta a pedir mais investimento na defesa, mas Portugal continua a enquadrar-se no “problema número 1” da NATO.

O ex-primeiro-ministro dos Países Baixos Mark Rutte chegou a Lisboa esta segunda-feira, com uma agenda que inclui encontros com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e com os ministros com as pastas dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e da Defesa Nacional, Nuno Melo, avança a Lusa.

A viagem faz parte dos contactos que o secretário-geral da Aliança Atlântica promove junto dos Estados-membros, nomeadamente para começar a preparação da cimeira da NATO, que este ano se realiza em Haia.

Entre os temas a abordar nesta deslocação deverá estar o repto feito por Mark Rutte para que os Estados-membros invistam mais em defesa, mas também a posição defendida pelo novo Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, que exige um investimento do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa na ordem dos 5%.

Portugal, um dos países fundadores da NATO, planeia atingir os 2% do PIB em defesa em 2029, valor que poderá ser “atualizado” brevemente, conforme noticia a CNN.

“Não nos podemos deixar levar por aqueles que já começam a falar em 4% e 5% de forma transversal. Isso não é, sinceramente, adequado. Mas é adequado pensar que nos próximos anos teremos de estar enquadrados numa estratégia supranacional“.

Recentemente, Montenegro reiterou que um gasto de 5% “não é exequível”, nem “no curto prazo, nem no médio prazo, um rácio desses em termos de despesa ‘versus’ o Produto Interno Bruto. É preciso termos a noção de que é compreensível que se peça aos estados aliados um esforço maior numa altura onde a resposta também tem de ser maior”, dissera em Berlim.

O governo não está disposto a fazer cortes “em nenhum dos serviços públicos essenciais”, disseram ainda o primeiro-ministro num  debate quinzenal em dezembro, no parlamento.

Marcelo garantiu que apoiava apoiar “a posição que foi defendida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa”.

“É a seguinte: o que se tem é de olhar para o conjunto dos países europeus e saber se, no conjunto, eles sobem, se eles cumprem os 2% e se estão em condições, mais tarde ou agora, de subir acima disso, no conjunto – em vez de estar a analisar um a um se cumprem ou não os 2% e se, mais tarde, podem subir para 3%“, disse Marcelo na passada sexta feira.

Conforme avança o Expresso, no entanto, Portugal é um problema para a NATO: atualmente, o orçamento real do Ministério da Defesa é de apenas 1,1% do PIB. Ou seja, para os portugueses (e espanhóis) aumentar a despesa militar para um valor próximo dos 3% significaria duplicá-la.

Recentemente, Mark Rutte garantiu que o facto de nem todos os países estarem a gastar 2% do PIB na defesa era o “problema número 1” da NATO. O problema número 2? “2% nem sequer estarem perto de ser suficientes”.

ZAP // /

2 Comments

  1. Este Rutte, não é muito mais que um vendedor a receber comissões chorudas da indústria armamentista. 5% do orçamento terão muito melhor utilidade na nossa melhoria de vida, que gastá-los a alimentar estes gulosos.

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    • Deixa de viver no mundo da Alice nos país das maravilhas, e não cuspas em kem foi um dos mais bem formados primeiro ministro da união europeia ao contrário dos trolhas formados em direito ao fim de semana em k votas k nem uma mercearia sabiam gerir. O k tu tens em Portugal é uma anedota de forças armadas, e hoje a Dinamarca com a Gronelândia amanhã tu com os Açores e Madeira acéfalo passaram 20 anos a votar em esquerdalhas pantomineiros agora votam no pantomineiro do chega vai mas é comprar um cérebro

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