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Secretário de Estado dos EUA admite ação militar contra Coreia do Norte

William Munoz / Wikimedia

Rex Tillerson, CEO da petrolífera ExxonMobil e Secretário de Estado de Trump

Rex Tillerson, CEO da petrolífera ExxonMobil e Secretário de Estado de Trump

Uma ação militar dos Estados Unidos contra o regime de Pyongyang é “uma opção que está em cima da mesa”, disse esta sexta-feira o secretário de Estado norte-americano, após visitar a zona desmilitarizada que divide a península coreana.

“Nós não queremos que as coisas cheguem a um conflito militar”, disse Rex Tillerson acrescentando que se a Coreia do Norte incrementar “as ameaças”, as opções passam a ser militares.

“Se elevarem a ameaça através do programa de armamento a um nível que, acreditamos, pode obrigar a uma ação [militar], então essa opção fica em cima da mesa“, afirmou o secretário de Estado norte-americano, que se encontra de visita à Coreia do Sul.

O secretário de Estado disse ainda que a “diplomacia da paciência estratégica” da Administração Obama em relação a Pyongyang chegou ao fim e que o regime norte-coreano deve abandonar o programa nuclear.

Durante a intervenção na Coreia do Sul, o secretário de Estado considerou também “inapropriadas e problemáticas” as medidas que visam o boicote económico da China à Coreia do Sul pela instalação do escudo antimíssil THAAD, norte-americano, destinado a intercetar projeteis norte-coreanos.

Hoje, o Japão colocou em órbita um satélite que irá desempenhar funções de vigilância terrestre e marítima e, em particular, compilar informação relativamente ao programa de armamento da Coreia do Norte.

O foguetão H-2A foi lançado às 10h20 (01h20 em Lisboa) a partir da base de Tanegashima, no sudoeste do país, segundo imagens transmitidas em direto pela emissora pública NHK.

“O satélite separou-se como previsto, a missão foi um sucesso“, declarou um porta-voz da Agência de Exploração Espacial do Japão (JAXA) à agência noticiosa francesa AFP.

O lançamento ocorreu como programado, após ter sido adiado por um dia face ao inicialmente previsto, devido às más condições meteorológicas.

Devido ao caráter confidencial da missão realizada com o fabricante aeroespacial Mitsubishi Heavy Industries – que participa neste tipo de operações desde que foram privatizadas em 2007 -, escasseiam dados, sabendo-se apenas que o satélite irá “compilar informações” por radar, destinando-se a substituir um outro satélite que está a chegar ao fim da sua missão.

Este tipo de satélite foi desenhado para capturar imagens terrestres e marítimas a partir de várias centenas de quilómetros de altitude e são utilizados para vigiar, entre outras, as instalações a partir das quais a Coreia do Norte leva a cabo testes de mísseis balísticos.

O regime liderado por Kim Jong-un realizou duas dezenas de testes de mísseis e dois ensaios nucleares no ano passado. E, no início deste, testou outros quatro mísseis balísticos, dos quais um caiu no mar a apenas 200 quilómetros da costa nipónica.

O Japão tem atualmente seis satélites em órbita que cobrem toda a superfície terrestre.

Os aparelhos tiram fotografias durante o dia, enquanto os radares se encarregam da vigilância durante a noite ou perante condições meteorológicas desfavoráveis.

A recolha de informações e vigilância por satélite foi iniciada pelo Japão em 2003, na sequência do lançamento pela Coreia do Norte de um míssil balístico que sobrevoou o território nipónico e caiu no Pacífico.

ZAP // Lusa

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