Secretário de Estado da Defesa foi assessor do Ministério clandestinamente

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(dr) Governo de Portugal

Marco Capitão Ferreira, secretário de Estado da Defesa

Marco Capitão Ferreira terá começado a negociar contratos para a manutenção dos helicópteros EH-101 antes de ter assinado um contrato de prestação de serviços de assessoria com o Ministério da Defesa.

O atual Secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, terá sido assessor do Ministério da Defesa sem ter assinado um contrato.

O Correio da Manhã avança que Capitão Ferreira começou a negociar os contratos de manutenção dos helicópteros EH-101, utilizados em busca e em evacuações médicas, em Fevereiro de 2019, mas que só assinou um contrato de prestação de serviços a 25 de Março.

Confrontado sobre isto, Capitão Ferreira explica que “a participação em reuniões ocorridas em período não abrangido pela vigência do contrato não corresponde à execução do objeto deste contrato de assessoria técnica”, mas não esclarece se esteve em reuniões com responsáveis da Força Aérea e da Defloc antes se assinar o contrato com o Ministério da Defesa ou a que título participou nessas reuniões.

O contrato assinado tinha um prazo de execução de 60 dias, mas terminou logo a 29 de março, apenas quatro dias depois. Nestes cinco dias, o Secretário de Estado auferiu 61 500 euros (50 mil euros mais IVA), tendo cobrado 12 300 euros por dia ao Ministério da Defesa.

Fontes do setor militar consideram “impossível fazer aquele trabalho em apenas cinco dias” dada a complexidade da negociação dos contratos de manutenção dos helicópteros.

Precisamente um mês depois do fim deste contrato, Marco Capitão Ferreira passou a ser presidente da comissão liquidatária da Empordef, ex-‘holding’ do Estado para a Defesa. No entanto, o Secretário de Estado garante que não acumulou as duas funções, nessa altura.

ZAP //

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