Um monumento megalítico datado de há 4.000 a 5.000 anos e conhecido como “o Stonehenge espanhol” reapareceu na Estremadura depois de passar meio século submerso no fundo de umq albufeira, avançou a imprensa local.
De acordo com a RTVE, o dólmen de Guadalperal, formado por 140 pedras e localizado em Peraleda de la Mata, na Estremadura, foi descoberto pelo padre e arqueólogo alemão Hugo Obermaier em 1925. Anos depois, em 1963, o monumento foi submerso devido à construção da albufeira de Valdecañas, cuja construção foi ordenada pelo ditador Francisco Franco (1892-1975).
Agora, a seca que se faz sentir na região permitiu voltar a ver o monumento na sua totalidade. No passado, a construção foi batizada como “o tesouro de Guadalperal“, sendo também rotulado como “o Stonehenge espanhol”.
A associação Raices de Peraleda alertou as autoridades competentes para a necessidade de resgatar a construção milenar que, apesar de estar bem preservada, “já mostra sinais claros de deterioração”, pode ler-se numa petição disponível no portal Change.org.
“Pode ser que na próxima vez que seja possível fazer o resgate seja tarde demais, uma vez que o granito está a tornar-se poroso e, em alguns casos, está a rachar”.
O monumento é composto por uma câmara oval de cinco metros de diâmetro e um hall de acesso de 21 metros, estando no seu final esculpida uma serpente e várias xícaras.
Acredita-se que o local tenha servidos para várias fins, tendo sido utilizado como um tempo solar, bem como um local de sepultamento coletivo, explicou a presidente da associação, Ángel Castaño, em declarações à TVE.
Castaño revelou ainda que, depois de analisar os dados recolhidos por Obermaier, acredita que um dos menires do dólmen esconde um possível mapa milenar do rio Tejo ao passar pela zona. A confirmar-se o achado, este “seria um dos mapas mais antigos do mundo”, afirmou a especialista, citada pelo jornal El Español.
ZAP, em noticias como esta sugiro a utilização de albufeira em vez de reservatório por ser terminologia hidráulica mais adequada por cá.
Caro Carlos,
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