Seca ameaça produção de carne, maçãs e queijo (e avizinha-se aumento de preços)

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A seca extrema pode ameaçar a produção de carne, maçãs e queijo. O aumento do custos para os agricultores pode resultar num aumento de preços dos produtos.

Portugal atravessa um período de seca que está a afetar seriamente os agricultores e nem a pouca chuva que caiu neste fim de semana foi suficiente para remediar os danos.

Em Trás-os-Montes, produzir 1 kg de carne pode vir a custar o dobro, escreve o Observador. A seca faz com que alguns agricultores não consigam produzir feno suficiente para alimentarem os seus animais. Além disso, o preço do adubo aumentou.

“Se não tenho como alimentar as vacas, não as tenho. Não as vou deixar morrer à fome”, disse um agricultou ouvido pelo jornal online.

Na Beira Alta, a produção de maçãs está também em risco. Em março, as macieiras vão precisar de muita água e era suposto que esta se acumulasse durante o inverno — algo que não está a acontecer.

“Estamos no limiar da rentabilidade”, admite um agricultor. Esta situação vai resultar em menos maçãs, de pior qualidade, produzidas com muito mais custo e vendidas a preços muito mais baixos para processamento industrial.

Na Serra da Estrela, escasseia leite para o queijo. É uma “bola de neve”: a seca deixa os pastos mirrados, que faz com que as ovelhas comam menos e, consequentemente, produzam menos leite para o queijo.

Alguns agricultores terão de aumentar a compra de suplementos alimentares — que têm de ser naturais, para que o leite não perca a certificação de Denominação de Origem Protegida (DOP), esclarece o Observador.

Mais uma vez, a seca sentida resultará em: mais dinheiro gasto, menos quantidade de produto final, que continuará a ser comprado ao mesmo preço pelas queijarias.

A capacidade de produção deste queijo ao longo de 2022 ficará afetada e, eventualmente, haverá um aumento de preços.

ZAP //

4 Comments

  1. Temos muita pena, mas a aldrabice continua. O que os produtores deviam explicar é quando é que baixaram os preços quando tiveram produções em quantidades excepcionais.
    Para cima todas as justificações são válidas,para descer não porque é óptima gestão; depois querem que se tenha pena …

  2. Só custa realmente a quem compra. É sempre o comprador final que suporta toda e qualquer dificuldade, e finalmente parece que é este o último a reclamar (e o que tem mais legitimidade para o fazer). No dia em que o dinheiro “secar” e se tiver que recorrer ao saque generalizado para a sobrevivência, não deverão ficar espantados, e menos ainda revoltados: prepararam todo o cenário para que tal sucedesse.

  3. Bem……….! o titulo do artigo diz….(e avizinha-se aumento de preços). Os ditos aumentos de preços, já estão em vigor na carne e todos os alimentos a bastante tempo, culpa do COVID, do preço do barril de petróleo, da seca, dos conflitos, só falta uma Pandemia de piolhos para agravar ainda mais a situação !.. Mas do lado de São Bento e Belém está tudo bem !

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