Se o virem, afastem-se. Gato “Obélix” é tóxico e anda à solta no Japão

oliviermartins / Flickr

“Evitem qualquer gato que pareça anormal e chamem a polícia se virem um”. A cidade de Fukuyama está em alerta máximo depois de uma queda infeliz num “caldeirão” de uma fábrica de galvanoplastia.

O enredo que se segue parece saído dos famosos quadradinhos de banda desenhada baseadas no povo gaulês, mas nada tem de ficção.

Tal como Obélix, o melhor amigo do herói gaulês Astérix, um pobre gato caiu para dentro de um grande recipiente. Mas é aqui que os detalhes fazem toda a diferença: o gato não caiu num caldeirão como o distribuidor de menires, mas sim num tanque — e esse tanque não tinha uma poção mágica, mas sim produtos químicos fatais.

O animal, que sofreu a queda infeliz numa fábrica de galvanoplastia na cidade de Fukuyama, fugiu e estará agora à solta, coberto por crómio hexavalente.

Os funcionários da fábrica só souberam o que aconteceu depois de um dos trabalhadores ter encontrado um conjunto de pegadas amarelas perto do tanque de três metros de profundidade. Foram olhar para as imagens das câmaras de vigilância, que mostram o gato a escapar da fábrica por volta das 21h30 da noite anterior.

Apesar de não haver imagens do gato a cair no tanque, a lona que o cobria estava virada do avesso.

“Alertámos logo a polícia, a cidade de Fukuyama e os vizinhos da fábrica”, disse um representante da fábricay à Agence France-Presse.

Cidade em alerta máximo

Toda a cidade está em alerta máximo por causa do pequeno felino, uma vez que o crómio hexavalente é um carcinogéneo altamente ácido e extremamente perigoso quando tocado ou inalado. Pode provocar irritação da pele e problemas respiratórios, e em certos casos danos nos rins, fígado, pulmão ou até morte.

Devido ao contacto direto com o perigoso componente, o gato pode mesmo estar morto por esta altura, mas a Divisão de Conservação Ambiental da cidade alertou os habitantes para que evitassem “qualquer gato que pareça anormal” e pediu para que contactassem a polícia se avistarem algum felino fora do comum.

“O incidente despertou-nos para a necessidade de tomar medidas para evitar a entrada furtiva de pequenos animais como gatos, algo que nunca tínhamos previsto”, acrescentou o representante anónimo.

Tomás Guimarães, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.