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Se o Planeta Nove existe, os cientistas já sabem onde o procurar

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R. Hurt (IPAC) / Caltech

O Planeta X (ou Planeta 9) será um gigante gasoso semelhante a Úrano e Neptuno

Se o Planeta Nove realmente existe, cientistas mostraram num novo estudo onde é que a comunidade científica o deve procurar.

Existem oito planetas conhecidos no Sistema Solar (desde que Plutão foi expulso do “clube”), mas tem sido colocada a hipótese de poder haver mais um: o Planeta Nove. Até agora, este mundo ainda não foi descoberto, mas um novo estudo determinou onde poderá estar, conta o site Universe Today.

Um fator importante para determinar a existência deste planeta é a sua atração gravitacional noutros corpos. Se o planeta existe, a sua gravidade afeta as órbitas de outros planetas. Portanto, se algo parece estar a puxar um planeta, basta fazer um pouco de matemática para encontrar a fonte.

No caso do Planeta Nove, não temos nenhum efeito gravitacional num planeta. O que se vê é um estranho agrupamento de pequenos corpos gelados no Sistema Solar externo, conhecidos como objetos do Cinturão de Kuiper (KBOs).

Em 2016, investigadores analisaram a distribuição estatística destes KBOs e concluíram que o agrupamento foi causado por um planeta externo não detetado. Com base nos seus cálculos, este mundo teria uma massa equivalente a cinco Terras e estaria cerca de 10 vezes mais distante do Sol do que Neptuno.

O novo estudo, publicado no final de agosto no arquivo ArXiv, reexaminou a investigação original, tendo em conta algumas das críticas que recebeu na altura. Uma das maiores foi que, como os corpos externos do Sistema Solar são difíceis de encontrar, há a tendência de os procurar onde nos é conveniente.

O efeito de agrupamento pode ser apenas devido a dados tendenciosos. Tendo isso em consideração, os autores descobriram que o agrupamento ainda é estatisticamente incomum. Existe apenas 0,4% de possibilidade de ser um acaso. Quando recalcularam a órbita provável do Planeta Nove, foram capazes de localizar melhor o sítio para onde devemos olhar.

Segundo o mesmo site, um aspeto interessante do estudo é que a órbita recém-calculada coloca o planeta mais perto do Sol do que se pensava. Isto é estranho porque, se estiver mais perto, então já o deveríamos ter encontrado.

Os autores argumentam que as observações feitas até agora descartaram as opções mais próximas para o Planeta Nove, o que ajuda a restringir a sua possível localização ainda mais. Se o planeta existe, poderá ser detetado pelo Observatório Vera Rubin num futuro próximo, conclui o Universe Today.

ZAP //

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