Apesar de forte e pesado, o ouro é o mais maleável de todos os metais. Uma folha de ouro pode ser esticada, sem partir, até ficar 400 vezes mais finas do que um cabelo humano.
Pode ser surpresa para alguns, mas o ouro é o elemento mais maleável entre os metais.
Ao contrário de outros metais, o ouro pode ser martelado em folhas incrivelmente finas sem partir. 28 gramas são capazes de cobrir um espaço de quase 5 metros, de acordo com o Laboratório Jefferson, na Virginia. As suas folhas, por sua vez, podem ser 400 vezes mais finas do que um cabelo humano, segundo o Live Science.
Mas atenção: maleabilidade é diferente de maciez. Enquanto a primeira se refere à capacidade de um material ser moldado sem quebrar, maciez, por outro lado, engloba várias definições, geralmente relacionadas com a facilidade com que um material pode ser arranhado ou deformado.
A estrutura cristalina cúbica do ouro, centrada na face e rodeada por 12 átomos vizinhos, promove a fácil deformação sem perturbar a estrutura geral. Além disso, sendo um metal, os átomos de ouro estão unidos por ligações metálicas, com eletrões que permitem que os átomos deslizem uns pelos outros, contribuindo para a sua maleabilidade.
Apesar da impressionante maleabilidade do material tão apreciado, o metal mais macio é, de acordo com a escala Mohs, o césio — suficientemente macio para ser cortado com uma faca de manteiga —, seguido pelo mercúrio, que permanece líquido à temperatura ambiente, segundo o consultor de química e membro da Sociedade Química Americana, Mark Jones.
Enquanto, por exemplo, o cobre e a prata partilham configurações atómicas e estruturas de ligação semelhantes, estes materiais não são tão maleáveis como o ouro. Tipicamente compostos por pequenos cristais conhecidos como grãos, os metais e a sua maleabilidade podem ser influenciados pelo tamanho desses grãos — não apresentando camadas de óxidos na superfície, mais vulneráveis à fragmentação, o ouro estará mais sujeito à maleabilidade.