“Saudosismo autoritário”. Associação de militares arrasa Gouveia e Melo e Ministra da Defesa

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José Sena Goulão / Lusa

Os militares acusam Helena Carreiras e Gouveia e Melo de quererem impedir manifestações legais. Em causa estão os possíveis aumentos salariais aos polícias, com as Forças Armadas a exigirem também aumentos.

As tensões entre as associações militares e os responsáveis da Defesa de Portugal estão a intensificar-se. A Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) juntou-se ao coro de críticas, com acusações de “insegurança e desestabilização” contra a Ministra da Defesa, Helena Carreiras, e o chefe do Estado-Maior da Armada, o almirante Gouveia e Melo.

Num comunicado, a AOFA condenou a reação dos responsáveis à ameaça de manifestações, descrevendo as suas palavras como “incendiárias e intimidatórias” e atacando a indiferença perante a realidade urgente enfrentada pelos militares. O comunicado refere

Este confronto surge em resposta às declarações da Ministra e do almirante, que classificaram a possibilidade de protestos como inaceitável num Estado de direito democrático. As associações de militares, incluindo sargentos e praças, já tinham indicado a possibilidade de protestarem caso houvesse aumentos salariais para as forças de segurança sem incluir os militares, apesar de apoiarem as reivindicações destes últimos.

A AOFA relembrou que a história militar portuguesa inclui várias manifestações sem que houvesse comprometimento da coesão ou disciplina das Forças Armadas (FA), destacando que a Lei de Defesa Nacional permite protestos legais, desde que realizados sob condições específicas que não comprometam a ordem e a disciplina militar, cita o Expresso.

O comunicado critica ainda “as declarações de saudosismo autoritário, de apelo ao silêncio ou de renúncia forçada a justas reivindicações” dos dois responsáveis da Defesa.

A associação criticou a falta de ação para resolver os “graves problemas” que afetam as FA, incluindo a crise de retenção e a redução de efetivos, apontando estes fatores como ameaças reais à hierarquia e coesão das forças.

Além disso, a AOFA chamou a atenção para o “silêncio ensurdecedor” do Presidente da República, que ainda não respondeu a um documento entregue pela associação, detalhando as injustiças enfrentadas pelos militares.

ZAP //

11 Comments

  1. Porquê, sendo militares, os GRANDES DEFENSORES DA PÁTRIA, não partiram para a “luta” á frente??? Porque vão ao colinho das forças de segurança? Valentes e ousados, como sempre (ironia)! Não esquecer que a luta dos elementos das forças de segurança tiveram início num só homem (32 anos, agente da PSP do Comando Metropolitano de Lisboa colocado na Divisão de Segurança Aeroportuária, sozinho em vigília junto à escadaria da Assembleia da República, farto de muito trabalho e remuneração “indigna e injusta”. Tenham vergonha! O Melo tem razão, mas por outros motivos E não é por “muito trabalho”.

  2. Gouveia e Melo, foi bom na organização de um crime contra a população obediente, a saber: “Vacinas”, ou dito de forma correcta, arma biológica de extinção em massa. que as revistas da elite mediática, adoram. Lobo, mascarado de cordeiro. CUIDADO… diz um ex-combatente.

  3. Ver se entendo, os nossos políticos de má qualidade com medo das investigações da PJ decidiram encher-lhes os bolsos com dinheiro baseado no aumento do subsidio de risco, como se num país fazendo parte dos 10 mais seguros do mundo tivesse havido um aumento considerativo do risco. Agora os outros PSP e GNR, guardas prisionais querem o mesmo. Como se não bastasse, os tropas que quando exercem a sua função de tropa (missões) recebem ajudas chorudas, que quando estão nos quartéis a fazer de conta, tendo salários e carreiras acima da média, reforma a meia idade e um bom subsistema de saúde, não é que também estão insatisfeitos… Resumindo ninguém pode ser censurado por querer melhorar o seu nível de vida, mais uma vez a culpa disto são os nossos maus políticos que servem-se dos organismos publico para interesse próprio, criando divergências e injustiças.

  4. A Democracia é uma manta muito grande, sob a qual se esconde muita podridão, disfarçada com perfumes baratos, de fraca qualidade.
    O facto de certas funções se fazerem acompanhar de armas pessoais, pressupõe que quem as desempenha tem de sentido de Estado e responsabilidades acrescidas nos actos que pratica.
    Se não for assim, qualquer foragido, bandido. vagabundo ou condenado poderia integrar essas fileiras.
    Cada macaco no seu galho, convém e deseja-se.
    Se o galho não parte, lá se vai o macaco.

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