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Saúde mental: metade das perturbações dos adultos surge na adolescência

 

Fundação José Neves publicou guia para pais, familiares e professores, com dicas para agir perante os sintomas de saúde mental dos jovens.

A saúde mental continua a estar na ordem do dia, também – mas não só – por causa da COVID-19 e, depois, por causa da guerra na Ucrânia.

Surgem muitos diagnósticos de problemas de saúde mental em adultos, mas metade das perturbações diagnosticadas em adultos surge na adolescência.

Os dados são partilhados por Carlos Oliveira, presidente da Fundação José Neves, entidade que apresentou o “Guia para pais e professores: como apoiar a saúde mental e bem-estar dos jovens?”.

O guia é dirigido a pais, familiares e professores que querem saber como identificar e agir perante os sintomas e problemas de saúde mental dos jovens.

Porque são os pais e os educadores que passam mais tempo com os adolescentes. E mais facilmente detectam alterações no comportamento e humor.

O documento é apresentado como sendo recheado de estratégias, recomendações e exercícios práticos que podem ser muito úteis.

Carlos Oliveira avisa: “Os dados actuais sobre a saúde mental e bem-estar dos portugueses são preocupantes, nomeadamente entre os mais jovens, quando sabemos que 1 em cada 7 jovens entre os 10 e os 19 anos sofre de perturbações mentais“.

Recorde-se que é entre os 10 e os 19 anos de idade que cada ser humano se cruza com as maiores e mais transformadoras mudanças ao nível físico, cognitivo e sócio-emocional.

Há alterações hormonais e morfológicas, mudanças nos padrões de sono, dificuldades na regulação das emoções, mudanças na importância e na natureza das relações com os outros, alterações na percepção que os jovens têm sobre eles mesmos. E as perturbações emocionais e alimentares são mais frequentes na adolescência.

“Os adolescentes de hoje são os adultos de amanhã e este é o momento para actuar e para promover a saúde mental nesta faixa etária”, continuou Carlos Oliveira.

Estar presente, não minimizar nem comparar o seu sofrimento, normalizar o acto de pedir ajuda e estar atento são quatro dos pontos essenciais para os adultos.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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