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Saúde dos idosos vai poder ser monitorizada

Um projeto tecnológico para monitorizar a evolução da saúde e da qualidade de vida de idosos vai ser apresentado, esta quinta-feira, em Coimbra, durante uma conferência sobre envelhecimento promovida pela Cáritas.

Concebido pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), em parceria com a Cáritas Diocesana de Coimbra, o projeto TICE.Healthy – Saúde e Qualidade de Vida vai disponibilizar “uma infraestrutura de suporte para um ecossistema de serviços inteligentes e inovadores” de tecnologias de informação e comunicação (TIC), aplicações e produtos para a saúde e envelhecimento ativo”, segundo o investigador João Quintas.

O trabalho conjunto das duas instituições, que terá como principal resultado a criação de “uma plataforma para integração de produtos e serviços para a saúde e qualidade de vida”, está a ser desenvolvido no Centro Rainha Santa, em Coimbra, no qual a Cáritas presta diversas respostas sociais a idosos, designadamente na área da saúde.

Carina Dantas, da Cáritas Diocesana, disse hoje à agência Lusa que a fase experimental do projeto, com a participação voluntária de cerca de 20 utentes daquele centro de dia, vai começar dentro de algumas semanas.

“Os voluntários irão receber formação para podermos testar o sistema durante três meses”, a tempo de a equipa do Laboratório de Automação e Sistemas do IPN, associado à Universidade de Coimbra, concluir esta solução tecnológica inovadora antes do final do ano, afirmou João Quintas.

A todo o momento e através de “um único ponto de acesso”, os idosos e seus familiares, mas também os técnicos que prestam o apoio social diário, “poderão ter uma visão global” da evolução da saúde e da qualidade de vida dos idosos, adiantou o investigador à Lusa.

“O projeto ainda decorre e terá como principal resultado uma plataforma para integração de produtos e serviços (…). Esta plataforma disponibilizará ao utente um ‘market place’ de serviços, aplicações e dispositivos, com ferramentas e funcionalidades diversas, nomeadamente de desenvolvimento, de segurança e autenticação, interface normalizado com sistemas externos, um registo de saúde pessoal eletrónico e integração de sensores flexíveis, entre outros”, de acordo com uma descrição técnica do IPN.

Na fase experimental, o IPN e a Cáritas de Coimbra pretendem “provar no terreno que entidades prestadoras de serviços na área do envelhecimento, em particular as que têm serviço domiciliário, poderão ter um papel relevante na área da prevenção”, proporcionando “evidentes benefícios ao utilizador final”.

As entidades prestadoras de cuidados informais de saúde “irão usar um kit de sensores e uma aplicação informática para medir e registar de forma simples alguns dados relevantes na ótica da prevenção”, como peso, tensão arterial, glicemia, ritmo cardíaco e oximetria.

O programa da conferência “Perspetivas sobre Envelhecimento Ativo”, que decorrerá no auditório da Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Coimbra, a partir das 14h30, inclui a apresentação de um livro sobre o mesmo tema, publicado pela Editorial Cáritas, com a presença de dois dos autores, Hélder Afonso e Joana Guedes.

/Lusa

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