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Internet “em todo o lado”: UE lançou a Iris

PIRO4D / Pixabay

6 mil milhões de euros nesta constelação de satélites destinados a garantir a internet e as suas comunicações em qualquer local.

A União Europeia (UE) lançou esta quinta-feira a Iris, uma constelação de satélites destinados a garantir a internet e as suas comunicações “em todo o lado”, a partir de 2027, anunciou o comissário para a Indústria e o Espaço, Thierry Breton.

“A Iris é um grande passo para a nossa resiliência e um passo de gigante para a nossa soberania tecnológica“, afirmou em mensagem divulgada na rede social Twitter.

O custo do projeto foi avaliado em seis mil milhões de euros e um acordo foi alcançado depois de nove meses de negociações entre o Parlamento Europeu e os Estados membros sobre o financiamento.

Este vai dividir-se em 2,4 mil milhões provenientes do orçamento da UE, aos quais se somam 750 milhões de euros da Agência Espacial Europeia. Do setor privado virá o restante.

O dinheiro comunitário virá essencialmente da reafetação de fundos atribuídos a programas europeus ligados ao espaço, como o Fundo Europeu da Defesa, mas também de verbas do programa Horizon Europa não utilizadas.

A Iris deve permitir fornecer aos Estados membros ligações seguras, designadamente para uso militar, e a internet “em todo o lado, incluindo nas regiões mais recônditas da UE e de África“. Sobretudo, deve permitir “mantê-la em caso de ‘crash’ das infraestruturas terrestres”.

Os primeiros serviços devem ser fornecidos no final do ano 2024 e a Íris estar plenamente operacional em 2027, avançou o gabinete de Breton.

A União Europeia quer garantir as suas comunicações e não ser apanhada de surpresa pelos projetos desenvolvidos por EUA e China. As órbitas e frequências já foram definidas.

A Íris deve ser integrada por centenas de satélites colocadas em várias órbitas e integrar capacidade de defesa a ataques informáticos.

A UE quer estar em medida de vigiar o tráfego no espaço “a partir do espaço” com esta nova constelação. Este projeto vem também reforçar o Galileo, o sistema de posicionamento por satélite, e o Copernicus, o sistema de observação da Terra.

// Lusa

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