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30 anos depois, Portugal regressa ao Espaço à boleia de Elon Musk

CEiiA/UP

AEROS, o satélite português que vai ao Espaço estudar os oceanos e alterações climáticas, já em março

“Momento histórico para Portugal”, que se torna uma “Nação Voadora” já na primeira semana de março. O português AEROS vai apanhar boleia de um Falcon 9, da SpaceX, nos próximos dias.

Foi há mais de 30 anos, a 26 de setembro de 1993, que o PoSat-1 entrou em órbita e, consequentemente, para a história como o primeiro satélite português a ir ao Espaço. Está hoje à deriva, depois de deixar de “falar” connosco em 2006.

Agora, um novo nano satélite (Cubesat) desenvolvido em Portugal vai apanhar boleia de um Falcon 9, da empresa SpaceX do multimilionário Elon Musk, para estudar os oceanos e alterações climáticas.

A Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) integra o consórcio do projeto AEROS Constellation, responsável pelo lançamento que vai ter lugar já na primeira semana de março que também conta com o IST e as Universidades do Minho, do Porto (representada pela FCUP), de Lisboa e do Algarve.

Com 4,5kg que alcançam os 7km/segundo, o AEROS será o primeiro satélite da futura Constelação do Atlântico a entrar em órbita, a 510 km de altitude. Vai mapear a salinidade da superfície do mar com um modelo feito pela FCUP.

Para além da recolha de dados sobre as alterações no oceano, o nano satélite poderá monitorizar o tráfego marítimo e até espécies de animais e o seu comportamento. À medida que forem acrescentados novos satélites à constelação será possível revisitar com mais frequência as mesmas áreas e ter mais informação em tempo real sobre os vários parâmetros analisados, de acordo com o Notícias UPorto.

As imagens recolhidas serão recebidas na ilha de Santa Maria e tratadas em Matosinhos.

“Este é um momento histórico para Portugal. Somos agora uma Nação Voadora, uma vez que temos um dos dois operadores de satélites de muito alta resolução na Europa e estamos a construir uma cadeia de valor completa a partir de Portugal para nos tornarmos um grande player no Espaço em três anos”, disse CEO do CEiiA, José Felizardo, ao Jornal Económico.

ZAP //

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