O número de casos multiplicou-se quase por 10 no ano passado. Mas Portugal está no grupo restrito que cumpre na vacinação.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa. A transmissão do vírus, pelo ar, ocorre principalmente através de gotículas respiratórias, entre espirros, tosse ou contacto próximo com uma pessoa infectada.
Costuma infectar o sistema respiratório, originando diversos sintomas: febre, tosse, corrimento nasal e a famosa erupção cutânea. Em casos mais extremos, origina pneumonia, encefalite, desidratação e cegueira.
Esta doença deixou de ser assunto frequente, ou preocupante, por causa da vacinação. No entanto, o cenário está a mudar.
Deixámos recentemente aqui o aviso de especialistas: estamos muito perto de uma catástrofe – muito por causa da falta de vacinação, doenças que estavam erradicadas podem espalhar-se novamente.
Ao longo do ano passado, na Europa, o número de casos multiplicou-se quase por 10, comparando com 2023. Foram diagnosticacos mais de 35 000 pessoas com sarampo e 23 pessoas morreram.
O sarampo não está a afectar só os mais pequenos: mais de 25% dos europeus infectados, no ano passado, tinham mais de 14 anos de idade.
Já mais recentemente, em Março de 2025, houve um total de 1 097 casos, indica o relatório mensal do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).
O país com mais casos (397) foi a Roménia, à frente de França (161) e Países Baixos (95). Uma pessoa morreu em França.
Mas em Portugal o cenário é mais tranquilo. O mapa partilhado pelo Euronews mostra que Portugal é um dos poucos países que não registaram qualquer caso de sarampo em Março.
Além disso, a vacinação atinge picos em Portugal. Para evitar surtos de sarampo, pelo menos 95% da população elegível deve receber duas doses da vacina contra rampo, a papeira e rubéola. E só há quatro países europeus que atingiram esse patamar: Hungria, Malta, Eslováquia e Portugal.