Santa tinha problemas cardíacos. Mas o seu coração mostra um “milagre”

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Um mistério para arqueologistas franceses, que examinaram o coração de Pauline Jaricot, que morreu há mais de 150 anos.

Pauline Jaricot é um nome muito conhecido entre os católicos em França (e não só).

Ainda era adolescente quando, depois de ouvir um sermão, renunciou a um estilo de vida rico, até abastado.

Queimou os seus romances, esqueceu as canções de amor, abandonou as suas jóias, deixou para trás os seus vestidos mais bonitos

Tudo pela fé. Passou a ser missionária.

Pertenceu à Ordem Terceira de São Domingos e fundou a Sociedade da Propagação da Fé e da Associação do Rosário Vivo. Nasceu em 1799, morreu em 1862.

É uma santa. Foi beatificada pelo Papa Francisco no ano passado.

Mais de 150 anos depois do seu falecimento, há um mistério à volta de Pauline Jaricot.

A História indica que diversos problemas de saúde acompanharam-na ao longo de praticamente toda a sua vida.

Tinha sobretudo problemas cardíacos. Sofria constantemente de arritmia e tinha insuficiência cardíaca.

Arqueólogos estiveram a analisar o coração de Pauline – que continua muito bem preservado.

Ficaram surpreendidos quando não encontraram qualquer defeito cardíaco, nem vestígios de embalsamamento, revela o estudo publicado no International Journal of Molecular Sciences.

O exame do tecido cardíaco foi orientado por especialistas do Museu de Quai Branly, da Universidade Paris-Saclay e da Universidade Paris Cité.

A análise, realizada do ano passado, foi realizada após um pedido da própria Igreja Católica, relata o jornal Le Figaro.

Foi utilizada espectrometria – análise quantitativa dos focos luminosos e de determinação de constituição química dos corpos respectivos – e as imagens de alta resolução não evidenciaram “nenhuma evidência de uma origem cardíaca para a morte”.

Também não foram encontrados vestígios de que o coração tivesse sido embalsamado; nem sinais de tuberculose ou tumor.

Esta descoberta reforça a tese dos que defendem que Pauline Jaricot viveu um milagre. Há quem acredite que o Papa Gregório XVI curou-a, numa visita realizada em 1837.

Rezam as crónicas que, nesse dia, Pauline estava muito fraca, perto da morte. Mas, dias depois da visita, parecia outra. Por causa da fé. E viveu durante mais 25 anos.

Teve um “aneurisma muito característico, complicado por uma doença que a Ciência desconhece” que a deixou “sem sangue suficiente nas veias para explicar o prolongamento da sua vida”, lê-se no estudo.

O coração de Pauline foi removido após a sua morte.

ZAP //

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