Sangue novo faz águia voar bem alto

Miguel A. Lopes / Lusa

Goleada das antigas. O Benfica recebeu e venceu o Vizela por 6-1, construindo, na primeira parte, um resultado de 5-0.

Roger Schmidt procedeu a muitas alterações e, mesmo com as fragilidades apresentadas pelos minhotos, é caso para dizer que resultaram, com a “novidade” David Neres a arrasar por completo, graças a um desempenho de grande nível, semelhante a alguns que havia conseguido nos primeiros tempos de águia ao peito.

O Benfica surgiu com muitas novidades no “onze” inicial, como Tomás Araújo no eixo defensivo, Bah à direita, Tiago Gouveia e David Neres nas alas e Tengstedt como ponta-de-lança. João Mário começou a número “8”, na vaga de Kökçü.

Os “encarnados” pegaram cedo no jogo, perante minhotos muito recuados, e marcaram aos 16 minutos, num lance em que a defesa visitante cometeu muitos erros, Tengstedt serviu Neres e este, à segunda, facturou.

Francesco Ruberto, guarda-redes suíço do Vizela, teve de sair, lesionado, sensivelmente a meio da primeira parte, em mais um momento de infelicidade para os forasteiros.

Mal se deu o reatamento, na sequência de um canto da esquerda, e já com Fabijan Buntić na baliza, o 2-0, por Otamendi, a cabecear após excelente cruzamento de Neres.

O 3-0 surgiu em cima da meia-hora. Rafa conduziu um contra-ataque, Tengstedt, isolado, picou a bola, que embateu no poste, e na recarga, Tiago Gouveia finalizou com êxito.

O quarto e o quinto aconteceram nos descontos, com Rafa em destaque. Numa transição rápida, o português serviu Neres, que rematou com sucesso na passada. E logo a seguir foi Rafa a facturar, após passe de Tengstedt.

O internacional luso era, sem surpresa, o MVP ao descanso, com um GoalPoint Rating de 8.5, com um golo, uma assistência, duas ocasiões flagrantes criadas em três passes para finalização, um passe de ruptura e 12 passes progressivos recebidos.

O segundo tempo começou com um erro de Trubin, que permitiu a Essende, à segunda, reduzir para 5-1.

A verdade é que o Benfica tirou o pé do acelerador, mesmo que a velocidade a que tenha construído a goleada não tenha sido muita.

A intensidade e trocas de bola desapareceram, tal como a pressão, e o jogo tornou-se monótono, nem ocasiões de golo que mereçam destaque, tirando um penálti aos 72 minutos que Trubin defendeu, a pontapé de Essende.

O Vizela bem tentava remar contra a maré, mas o resultado era demasiado desnivelado para que o fizesse com convicção, pelo que o golo voltou a surgir perto do fim, mas para o Benfica, por Marcos Leonardo, após assistência de Neres.

Melhor em Campo

O brasileiro vinha entrando aos poucos, mostrando alguma falta de confiança, mas este jogo foi o ideal para desbloquear e abrir o livro. David Neres foi o melhor em campo este domingo na Luz, com um GoalPoint Rating de 8.7. O extremo fez dois golos em três remates, todos enquadrados, somou duas assistências e, não fosse uma ocasião flagrante falhada e a sua nota teria disparado.

Resumo

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