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Defesa de Salgado pede arquivamento do caso EDP por demência “irreversível”

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Mário Cruz / Lusa

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES

Os advogados de Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, solicitam o arquivamento dos crimes de corrupção no âmbito do caso EDP, alegando que o ex-banqueiro sofre de Alzheimer e que, portanto, não tem capacidade para se defender.

Salgado foi acusado de dois crimes de corrupção e de um de branqueamento de capitais no âmbito do caso EDP, onde o ex-ministro Manuel Pinho foi também acusado de corrupção, branqueamento e fraude fiscal.

Em causa estão suspeitas do pagamento de “luvas” a Pinho por parte do Grupo Espírito Santo (GES) e do BES, alegadamente a mando de Salgado, para que o ex-governante beneficiasse os interesses do GES e da EDP.

Mas os advogados do antigo presidente do BES alegam que não há condições para ir a julgamento, uma vez que Salgado padecerá da doença de Alzheimer.

Os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce alegam que a condição de saúde de Salgado afecta a sua “capacidade para se auto-defender”, uma vez que está “em estado demencial e tem a sua memória cada vez mais irremediavelmente afectada e prejudicada de forma progressiva e irreversível“, como cita a Visão que teve acesso ao requerimento da defesa.

Proença de Carvalho e Squilacce frisam que o ex-banqueiro não tem, inclusive, capacidade para “dar instruções aos seus defensores para organizar e exercer a defesa”.

A defesa de Salgado já tinha tinha apresentado relatórios médicos de um neurologista a atestar que o ex-banqueiro sofre da doença de Alzheimer, notando que apresenta “defeito de memória”, o que “limita as suas capacidades para prestar declarações em pleno uso das suas faculdades cognitivas”.

Os advogados do ex-presidente do BES reforçam este diagnóstico e frisam que Salgado está disponível para realizar “perícia médico-neurológica” para “comprovar o seu quadro clínico, com as devidas consequências legais que daí devem ser retiradas”.

A condição de saúde de Salgado já tinha sido usada pela sua defesa no âmbito do julgamento dos recursos às coimas aplicadas pelo Banco de Portugal (BdP) nos processos BESA e Eurofin,  com o intuito de evitar uma multa de 5,8 milhões de euros.

O mesmo argumento está também ser usado no âmbito do processo da Operação Marquês, onde Salgado é julgado por três crimes de abuso de confiança.

ZAP //

4 Comments

  1. Mas …… esta da “Demência” , jà não é de hoje e ainda repetem a mesma dose ? ….. Deixem o Gajo descansado e Julguem-o a titulo póstumo , mas parem de fazer de conta que a (Justiça) funciona e caro custa ao contribuinte roubado !

  2. Qual o problema de ir para a cadeia demente? Tem de pagar pelo que fez. Esqueçam. Estamos em Portugal. Ele vai morrer e o processo ainda vai estar na fase de instrução.

  3. Vamos lá ver uma coisa república portuguesa é uma corporação não é um estado nação os tribunais são empresas não são tribunais de estado, vão ao site einforma coloquem o nome de qualquer entidade do suposto estado e vão ver que são empresas. É tudo uma ilusão!

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