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Líder da Jerónimo Martins ganha 152 vezes mais do que os seus colaboradores

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Inácio Rosa / Lusa

O presidente do conselho de administração do grupo Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos

O presidente executivo da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, recebeu em 2017 um rendimento bruto superior a dois milhões de euros.

No ano passado, Pedro Soares dos Santos auferiu mais de dois milhões de euros. O valor em causa resulta dos vários cargos que ocupa no grupo e representar um aumento de 58,3% face a 2016. Isto significa que ganhou 152 vezes mais do que a média salarial dos seus trabalhadores (13 229 euros anuais).

Segundo o Jornal de Notícias, o presidente executivo recebeu 220 500 euros a título da componente fixa e 378 mil resultantes da componente variável, a que se juntaram 299 250 euros no âmbito do plano de pensões de reforma.

A estes valores juntaram-se 409 500 euros de componente fixa e 702 mil euros de componente variável que foram pagos por sociedades ligadas de alguma forma à Jerónimo Martins e nas quais Pedro Soares dos Santos exerceu funções.

Pelo contrário, a atualização geral do salário dos trabalhadores da Jerónimo Martins foi de apenas 3%. O resultado é que os 98 729 funcionários do grupo auferiram um ganho médio anual de apenas 13 229 euros, o que dá cerca de 945 euros brutos divididos por 14 meses.

Desta forma, é possível concluir que o fosso entre o presidente executivo e a média salarial do grupo agravou-se no ano passado. Em 2016, Pedro Soares dos Santos tinha arrecadado 1,269 milhões de euros, mais 46% em relação a 2015. Já a média salarial do grupo tinha sido de 12.500 euros anuais por trabalhador.

Isto significa que em 2016, o CEO ganhou 101 vezes mais que os seus colaboradores.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a comissão de vencimentos da Jerónimo Martins refere que “considerou adequado rever os princípios básicos da política de remunerações dos órgãos sociais da sociedade”.

Além disso, avança o Eco, destaca a “importância de premiar o compromisso com a estratégia global do grupo, a obtenção de resultados de excelência e a demonstração da atitude e comportamentos adequados”.

ZAP //

55 Comments

  1. Estas comparações não fazem sentido e só acicatam o ódio empregados/patrões numa altura que se quer paz e sossego.
    Imaginemos que ele distribuia 2/3 do ordenado pelos empregados.Quanto recebia realmente cada um? Façam as contas e surpreendam-se.

    • Fazem todo o sentido!!
      E, não é por acaso que é a empresa portuguesa onde há mais diferença salarial entre o patrão e os funcionários!!
      O que não faz sentido é ele distribuir 2/3 do seu ordenado!!
      Faria sentido era aumentar em 2/3 os funcionários que ganham menos, distribuindo parte dos extraordinários lucros da empresa!!
      Isso é que faria todo sentido!

      • O que tem os accionistas?!
        Não podem receber menos, para que os funcionários da empresa (que são quem realmente produz/trabalha) receberem um pouco mais?!
        Parace-lhe aceitável (e normal numa sociedade supostamente civilizada) que, em 2017, 1% da população da população mundial tenha ficado com 80% da riqueza mundial?!

    • Tem toda a razão, Armando. Neste caso, como noutros, a transparência só serve para acicatar ódios e invejas. O ideal é manter toda a gente em passiva ignorância.

      • Ironias à parte,sem accionistas se calhar não haveria lugares para trabalhadores.
        E não saímos disto…
        Tenho dito.

      • Meu caro Eu
        Fico a aguardar que inicie uma actividade…
        Existe lugar no mundo empresarial para si.
        Força contamos consigo…

      • Olha-me esse a trabalhar e ter responsabilidades. Não se meta nisso que essa malta é do deita abaixo.

      • Já tenho!
        E, estou a ver que não se importará de vir trabalhar para mim pelo salário mínimo!
        Pode começar já amanhã!!
        Mas, espero que, pelo menos consigua justificar esse salário, senão!…

      • Oh Eu…
        31 de boca esta o mundo cheio. Empresário pode ser quem quer… empregado também…
        O “eu” não tem perfil para ser meu patrão. Por isso não estou interessado!
        Esta a ver como é fácil resolver o seu problema…

      • Pois, pois…
        “Com as calças do meu pai também sou um homem”!
        Eu também percebi logo que não tinha”perfil” para trabalhar comigo!!
        Trabalhar pelo salário mínimo é “muito bonito” mas é quando calha aos outros (tipo aos empregados do Pingo Doce)!…

      • es burro mesmo Aj. Fala por ti. Acrdito que o Eu tenha mais perfil de liderança e de fazer alguma coisa por este pais e pelo mundo do que tu

    • O que o Armando advoga aqui é que os empregados devem ser cornos mansos. Com que moral é que um gestor ganha 152 vezes mais do que todos os que contribuem para a riqueza que a empreza produz?

      Os accionistas? MAs você não deve estar bom da cabeça. Esses é que deveriam receber ainda menos do que os trabalhadores. Só porque compraram umas acções uma vez, merecem ficar com uma parte do bolo maior do quem verdadeiramente o produz?

      Isto para mim era assim, um empresário ou grupo de accionistas que investem numa empresa ou numa corporação económica (por exemplo fundos para comprar instalações e equipamento etc..), deveriam dividir os lucros da empresa até o seu investimento ser amortizado. A partir daí os lucros eram para dividir por todos os funcionários como numa cooperativa. Ou agora existe alguma justificação moral para as pessoas ganharem 152 vezes mais só porque “isto é meu”??.. Ridículo!.. Ridículo e imoral!

      A propriedade privada só existe porque a lei e a constituição o permitem. E eu de resto acho muito bem que assim seja (excepto com recursos naturais). A propriedade privada é por isso um consentimento/reconhecimento da sociedade para com o indivíduo, e imposta pela lei… Isto é, pela força. A propriedade privada de um ou mais cidadãos só é reconhecida porque o Estado impõe esse direito aos restantes cidadãos, pela força e pela Lei. Ora urge que o mesmo Estado defina leis que impeçam abusos destes por parte da iniciativa privada e do capital sobre a força laboral que essa mesma iniciativa privada usa e abusa para continuar a aumentar desmesuradamente o seu património e a sua riqueza.

      Sem a força de trabalho das centenas de milhar de trabalhadores que diáriamente produzem milhões de euros para a Jerónimo Martins, esta corporação económica falia ao fim de três dias. Os milhões que os accionistas auferem ao fim do ano, não são produzidos pelos accionistas, são produzidos pelo trabalho… Trabalho esse que é remunerado em *média* a 945 euros/mês. Mas se isto é uma média, já se percebe que a maioria ganha muito menos. A maioria ganha entre o ordenado mínimo e os 700 euros. Quem é que vive dignamente com este dinheiro em Portugal? Quem é que paga casa, roupa, comida, escola dos filhos, saúde, transportes (já nem falo em ter carro, porque isso para escravos, é um luxo)???.. Mas os bardamerdas dos accionistas podem receber milhões por ano, para não falar do dinheiro todo escondido em Offshores, que relativamente à Jerónimo Martins já foi descoberto.

      Continua a defender criminosos de colarinho branco, que eles gostam, Armando. Talvez até de ganhes um cargo de encarregado nos corredores do Pingo Doce.

      • E o ridículo é que o caro amigo até poderia ser um dos acionista que tanto abomina.
        O caro amigo é dos que propaga a maldade dos fundos capitalistas e dos acionistas e esquece-se que os grandes fundos capitalistas são pertença de muitos milhões de investidores mundiais que compram esses produtos em busca de uma remuneração das suas poupanças. O caro amigo consegue defender com unhas e dentes ambos os lados da equação. É de facto notável! Grande contorcionista mesmo sem provavelmente o saber.
        É também seguramente daqueles que quando vai às compras está atento aos preços e depois vem queixar-se dos baixos salários dos trabalhadores. O caro amigo dá para os dois lados ao mesmo tempo. É de facto notável.

      • Não… Ridículo mesmo é você falar tanto sem saber nada. Repare… Primeiro diz que eu poderia ser… Mas de facto até sou accionista porque já comprei acções (não rendem é puto). Nesse aspecto até “propago” (termo que você usa mal e deveria querer dizer “apregoa”) a maldade dos fundos capitalistas. De facto… Não concordo é que um accionista que invista centenas, receba ao fim de anos milhões e milhões só porque as cotações da empresa sobem, sem contribuir nada ao longo desses anos para a produção de riqueza. Enquanto os que trabalham duro para essa riqueza, como lhes pagam mal nem dinheiro para investir numa acção têm, mesmo que quisessem. A lógica das acções de uma S.A. é manifestamente mais perversa do que a dos associados de uma cooperativa, por exemplo. Felizmente as acções que comprei estão desvalorizadas e terei o prazer de as vender em breve porque não espero que alguma vez valorizem.

        Depois afirma “seguramente” que eu vou às compras atento aos preços e mais não sei o quê. Você realmente sabe mesmo muito da minha vida e como tal, daí tira uma série de conclusões sólidamente fundamentadas. É de facto notável! Um entusiasta da expeculação, não só do ponto de vista económico, como argumentativo

        Depois a sua frase “remuneração” de poupanças, para mim encerra em si mesmo um absurdo e uma falta de legitimidade moral. Mas agora as poupanças trabalham? Produzem riqueza de forma contínua como uma força de trabalho? Claro que não. Poupou, etá poupado. Se com essas poupanças comprar acções, injecta capital na S.A. uma só vez. Porque é que vai ganhar balúrdios todos os anos, com base na redistribuição da riqueza produzida pelo trabalho? Enquanto os que verdadeiramente trabalham levam ordenados de miséria totalmente desproporcionais à riqueza real que produzem?

        A riqueza acumulada deveria ser proporcional à riqueza produzida com trabalho. E de facto é!… O problema é que a riqueza de uns é proporcional à riqueza produzida pelo trabalho dos outros. E essa é que é a imoralidade de uma sociedade neo-feudalista e quasi-esclavagista.

      • Pela sua ordem de ideias não há lugar ao capital. O trabalho tudo promove. Acho que já vi disso do outro lado do muro. Faliu!
        Quanto a “…Se com essas poupanças comprar acções, injecta capital na S.A. uma só vez. Porque é que vai ganhar balúrdios todos os anos, com base na redistribuição da riqueza produzida pelo trabalho?…” E diga-me lá para ver se eu entendo: injeta e ganha o quê? O senhor não percebe que corre risco de nunca mais ver o seu dinheiro? Isto não são aplicações com capital garantido. Entra e pode perder tudo! E se acha que os investimentos são mais ou menos garantidos vá ver quantas das 500 maiores empresas da Forbes em 1950 ainda existem!

        Quem corre risco tem de ser premiado. Quem tem capacidade para inovar e diferenciar tem de ser premiado. Do mesmo modo que os bons trabalhadores são premiados. De resto, nunca vi nenhum no desemprego. Não conheço nenhum empresário burro ao ponto de querer ver-se livre dos seus melhores trabalhadores (e se me vem com a história de algumas empresas nacionais o fizeram, tb lhe digo que é verdade mas seguramente desconhece o que está por trás dessas decisões). Posso afiançar-lhe que não foram de ânimo leve.
        O que o senhor quer é o melhor dos dois mundos ao mesmo tempo. Não quer investir (leia-se correr qq risco) mas quer ganhar como se o tivesse assumido. Isso assim não me parece lá muito justo.

        E depois há ainda outro vício da sua análise. A questão da remuneração totalmente justa que as pessoas procuram para as suas poupanças. Se seguisse à risca o que o senhor refere, então eu e todos os restantes portugueses teríamos de dar de barato que todos os dias estaríamos mais pobres, dado que nem a inflação poderíamos procurar cobrir sem ser logo apelidados por si de agiotas.

        E quanto ao “propaga” queria mesmo dizer propaga, difunde, põe a cassete a tocar… com uma melodia que estou farto de ouvir.
        Quanto aos seus erros são muitos mas não vale a pena perder aqui muito tempo com isso. Apenas um conselho: A sílaba tónica nas palavras agudas é a última sílaba, nas graves é a penúltima sílaba e nas esdrúxulas é a antepenúltima.

      • Não é de bom tom corrigir os erros dos outros quando cai na mesma teia.
        Por exemplo: “já sou empresário a muito tempo”.
        Nada custava acrescentar um simples h mais o a com acento agudo.

      • “Sem a força de trabalho das centenas de milhar de trabalhadores que diáriamente produzem milhões de euros para a Jerónimo Martins, esta corporação económica falia ao fim de três dias.”

        Uma vez mais o senhor vive noutros tempos. O que se passa na Amazon e o que a WallMart querem fazer tem-lhe passado um pouco ao lado.

      • Meu caro Miguel
        Fica a aguardar que inicie uma actividade…
        Existe lugar no mundo empresarial para si.
        Força contamos consigo…

      • AJ, está a ver… Você é outro que fala sem saber. Isto é formidável, ahahaha… Porque é que as pessoas gostam tanto de embandeirar em arco e depois perdem excelentes oportunidades de ficar caladas.

        Eu sou empresário a muito tempo! Sócio gerente de uma empresa fundada em 1931. Dou-lhe uma dica. O meu Avô foi um dos fundadores da Oliva e o meu Pai foi Presidente da APIRAC. Mais não digo que para o calar não é preciso.

        A diferença é que na minha família sempre se pagou acima da média e a horas, e por vezes mesmo estando os funcionários sem fazer nada quase todo o ano. nunca houve um atraso nem num subsídio de férias que fosse! E qualquer senhora que estivesse em licença de parto, acabavam por se deixar prolongar a licença muito para além do previsto pela lei. Tenho uma formação humana de respeito pelo próximo e para mim é impensável um CEO que ganha 152 vezes mais do que os empregados. Quem defende isto, é uma besta quadrada e não merece ser empresário.

      • *”há muito tempo”, e não “a muito tempo”, como é evidente. Erro ao escrever à pressa, antes que alguém tenha a pobreza de pegar nisso como argumento de “peso”.

      • Não vá por aí caso contrário tem muito mais para corrigir.
        E quanto ao resto é a música de sempre. Isso está gasto amigo.
        Entretanto tb já lhe respondi ao outro mas o zap ainda não o publicou

      • O pobre fui eu Armando Heleno que o alertei assertivamente e o sr ao sentir-se vexado apagou o meu simples reparo.
        No eu lugar tinha antes agradecido a rectificação.

      • Quanto ao seu complexo de Edite Estrela:

        1. Deixe espaços a seguir aos pontos finais e vírgulas.
        2. Não coloque vírgulas a seguir a “e”. Não é o mais correcto.
        3. A abreviatura “Sr.” é com maiúscula e leva um ponto no fim.
        3. Experimente usar o pronome possessivo “seu” em vez do pronome pessoal “eu”, e talvez a frase “No eu lugar” faça algum sentido.
        4. Desde quando é que eu tenho como apagar uma coisa que você escreva?.. Que absurdo!

      • Caro Miguel
        Os meus parabéns para si e toda a sua família.
        O que o senhor e a sua família faz, assim como o Pedro Soares dos Santos faz, não me diz respeito. Desde que cumpram com as obrigações fiscais e respeitem as leis laborais…
        Se não concordo não ponho lá os pés muito menos peço emprego.
        Agora, empregos públicos onde os gestores recebem os seus ordenado dos nossos impostos, aí a coisa muda de figura.
        Eu também sou empresário de uma empresa com cerca de 50 anos. Nunca tive de pagar as quebra de lucros das empresas privadas com exceção dos bancos e actos de gestão em determinadas empresas???

      • Cumpro as obrigações fiscais, respeito as leis laborais (e vou além delas no interesse do trabalhador).

        Quanto ao sector público, o Estado já lhe dá muito mais do que você alguma vez lá mete. É pura demagogia dizer que pagamos os ordenados de todos os funcionários públicos e já agora todo os serviços e obras públicas com os nossos impostos. Fosse você com o dinheiro que gasta em impostos, pagar saúde privada, educação privada, obras públicas e todos os serviços que o estado lhe fornece… E eu queria ver se chegava.

        Eu respeito o trabalho de empresários sérios, que são os primeiros a chegar às empresas e os últimos a sair, que dão o litro e não reclamam para si ordenados absurdos de 152 vezes os dos empregados. Para mim não é só quando pago impostos que me importo com a legitimidade de actos imorais. Precisamente porque não sou egoista e não me ralo só com o meu umbigo. Não é só quando me doi a mim e ao meu bolso que eu me insurjo contra injustiças. Mas também respeito os funcionários públicos e sou eternamente grato ao Estado Social, que foi a maior invenção de justiça/solidariedade social alguma vez posta em prática. Contribuo com gosto para os ordenados desses funcionários e fico extremamente feliz que com a minha modesta contribuição consigam ganhar mais do que os explorados do sector privado.

        Quando sei que no sector público ganham mais, fico contente, não fico invejoso, como muitos empregados do sector privado, que têm ataques de cobiça em vez de usarem isso para mostrar aos patrões que das duas uma: Ou os andam a explorar, ou têm um modelo de negócio insustentável que não consegue pagar condignamente porque carece de eficiência económica.

      • Já que ninguém apresenta números,eles aí vão:
        2/3 do que recebeu o CEO Pedro Santos daria a cada trabalhador um aumento de cerca de 13 euros (brutos).

    • Já que ninguém apresenta números,eles aí vão:
      2/3 do que recebeu o CEO Pedro Santos daria a cada trabalhador um aumento de cerca de 13 euros (brutos).

    • Vou falar um pouco do que vi sobre o assunto, num país civilizado e desenvolvido. Em 1999 estive alojado num hotel de 4 estrelas na Austrália. Tive oportunidade de falar com o recepcionista do hotel e fui elucidado que o gerente do hotel não ganhava duas vezes o que ganhava o recepcionista, sendo que por acaso o recepcionista até era americano. Explicou ele que tanto ele como o gerente tinham que ir ao supermercado e as mesmas necessidades básicas e para ter uma vida digna isso não é compatível com grandes diferenças salariais. Foi no tempo em que aqui se pagava um impulso a cada 6 minutos de internet e lá estava-se um dia ligado e pagava-se apenas um impulso, para fortalecer a empresa portuguesa PT que depois deu no que deu. No mesmo local, adquiri Tsirts a 1,5 dólares australianos que ainda estão em uso enquanto que aqui ao final de um ano de uso estão largas. Enfim

      • Realmente, com t-shirts “indestrutíveis” por 1.50 AUD, nota-se logo que esteve num país “civilizado e desenvolvido”!!…
        Essa do dia todo ligado à Internet com apenas um impulso também dá para rir!…
        Enfim…
        A restante comparação também é parva, até porque é bem provável que um gerente de um qualquer Pingo Doce também não ganhe o dobro relativamente a um “recepcionista” do mesmo Pingo Doce!
        Quanto ganharia o dono desse hotel?
        Caso não tenha percebido, a noticia é sobre o presidente do grupo; não é sobre o gerente de um qualquer Pingo Doce!…

  2. Os números aqui apresentados pecarão por defeito, ao considerar apenas o rendimento do trabalho de PSS enquanto presidente executivo. PSS será, certamente, também accionista, tendo recebido por isso dividendos (não contabilizados aqui, e provavelmente mais avultados do que o salário).

      • E o grande culpado de tudo isto foi o nosso Camões.Imaginem que acabou os Lusíadas com INVEJA : “Que à dita de Aquiles não tenha inveja”.
        Ficou esta palavra que era a última na mente portuguesa e não mais desapareceu…

    • Eu tinha publicado um comentário aqui logo no início nesse sentido mas o ZAP ter-me-á censurado.
      Ser empresário é ter responsabilidades que a maioria das pessoas não quer ter. Quando criarem postos de trabalho voltem aqui à conversa.

    • Você está a contradizer-se… Trabalhar é o que eles já fazem. A questão é que o grosso da riqueza produzida por esse mesmo trabalho é mamado pelos sócios e accionistas e *não* pelos que realmente a produzem. Isto é, quem mais riqueza produz é quem menos ganha na sua repartição. Isto tem alguma moral?

      Mas de resto nem é preciso toda a gente abrir a sua empresa… Isso sería uma estupidez porque se todos quiserem ser empresários, não há empregados. Não faz sentido é uns gajos só porque são ricos e poderem fazer o investimento inicial e depois passarem o resto da vida a explorar quem não tem meios para fazer esses investimentos iniciais.

      Neste país de saloios, impera a burra ideia de que nas empresas ou se é explorado ou se explora… É por tanta gente pensar erradamente como você pensa, que neste país toda a gente tem a mania de ser ou querer ser empresário: Ninguém quer ser o explorado e todo o burgesso quer explorar alguém. Qualquer perfil de Facebook de qualquer sopeira ou manicure diz “empresária… Mesmo que seja a recibos verdes ou uma unipessoal em que a única empregada é ela!

      Mas para a frustração de pessoas que pensam como você, existe uma forma bem melhor de contornar o problema e de ninguém se deixar explorar por ninguém. Caham-se cooperativa e nesse modelo, toda a gente contribui para investir nos meios de produção e todos repartem os lucros ao fim do ano. É claro que há uma gente a quem este modelo não agrada nem nunca pode agradar… É aquela escumalha que acha que veio ao mundo para se servir dos outros.

      • Cooperativas?! Rebolei a rir à gargalhada com essa. O caro amigo desconhecerá o estado das cooperativas em Português para poder soltar uma barbaridade dessas. Cooperativas?!
        Pensava que o amigo não tinha neurónios mas conhecia minimamente o país. Enganei-me…

    • Mas, quem é que falou em “ganhar tanto como ele”?!
      E, ele “constituiu” alguma empresa?!
      Qual?
      Será que fez isso a trabalhar como os funcionários (a quem paga o salário mínimo (o menos))?!
      De qualquer modo, o problema não está no que ele ganha, mas sim no que ele paga a quem faz o trabalho “duro” e, tal como diz o noticia, a diferença entre o seu ordenado e o ordenado médio dos outros funcionários – além de ter aumentado o seu em 58%!!
      Será que não era possível aumentar o ordenado dos funcionários?

    • Você está a contradizer-se… Trabalhar é o que eles já fazem. A questão é que o grosso da riqueza produzida por esse mesmo trabalho é mamado pelos sócios e accionistas e *não* pelos que realmente a produzem. Isto é, quem mais riqueza produz é quem menos ganha na sua repartição. Isto tem alguma moral?

      Mas de resto nem é preciso toda a gente abrir a sua empresa… Isso sería uma estupidez porque se todos quiserem ser empresários, não haveria empregados. Não faz sentido é uns gajos só porque são ricos e poderem fazer o investimento inicial, depois passarem o resto da vida a explorar quem não tem meios para fazer esses investimentos iniciais.

      Neste país de saloios, impera a burra ideia de que nas empresas ou se é explorado ou se explora… É por tanta gente pensar erradamente como você pensa, que neste país se tem a mania de ser ou querer ser empresário: Ninguém quer ser o explorado e todos querem explorar alguém. Qualquer perfil de Facebook de qualquer sopeira ou manicure diz “empresária… Mesmo que seja a recibos verdes ou uma unipessoal em que a única empregada é ela!

      Mas para a frustração de pessoas que pensam como você, existe uma forma bem melhor de contornar o problema e de ninguém se deixar explorar por ninguém. Caham-se cooperativa e nesse modelo, toda a gente contribui para investir nos meios de produção e todos repartem os lucros ao fim do ano. É claro que há uma gente a quem este modelo não agrada nem nunca pode agradar… É aquela escumalha que acha que veio ao mundo para se servir dos outros.

    • Se me deixarem eu constituo uma EDP, uma lusoponte, uma brisa,uns ctt, etc e mesmo sem curso apresento lucros; se não der lucros, peço um equilibrio contractual ao estado ou então aumento as comissões como nos bancos. É lucro garantido. Posso ?

      • Para constituir uma PPP, primeiro tem de se deixar corromper e entrar nos lobbies certos. Meta-se na bicha que já lá está a maioria da classe política.

  3. Só não entendo onde vão eles buscar ordenados de 900 e tal euros brutos quando eu ganho 585€ assim como a maioria dos funcionários, exceptuando chefes, secretários de loja, adjuntos e gerente por aí fora.

    • No artigo explica “em média” mas, como eu já escrevi antes (embora eu saiba que ninguém tenha pachorra pra ler a tinta toda que já aqui correu hoje), essa média é feita entre meia dúzia de pessoas a ganhar milhares de euros e centenas de milhares de trabalhadores como você a ganhar misérias. Por isso a questão ainda é mais imoral do que à primeira vista possa parecer.

      • E atenção que o que nos ajuda a ganhar um pouco mais são os domingos, feriados e horas extras que acabam por ir para descontos. Existe mto boa gente a trabalhar a muitos anos no pingo e trás menos.

    • Desculpe, mas senão percebe, pode ser por isso que só ganha 585€!…
      Primeiro tem que saber o que é a “media” e basta isso para entender que se os gerentes (etc, etc) ganham mais, depois ao fazer a media de todos os funcionários, dá os tais 900 e tal euros!

      • Permita-me que o corrija : “se não percebe”. E não se irrite pelos outros também não perceberem tudo, como eles, você não é perfeito, aliás, ninguém é, apenas há uns que têm a mania da superioridade…

      • Claro que permito!
        Além disso, não estou nada irritado, mas, não tem mais nada a acrescentar sobre o assunto – além de corrigir um erro ortográfico?!
        E, se me permite, essa correcção soa-me um pouco a “mania de superioridade”!…

  4. Realmente este povo é mesmo ressabiado…se produzissem tanto na realidade, quanto a energia que gastam a mandar bitaites a uma noticía de jornaleiros, já eram todos ricos…vão mas é trabalhar…

  5. Sinceramente depois do que li, mais vale nem sequer seguir a página. . Pq o ” eu” que nem se define com o seu verdadeiro nome não sabe quem eu sou nem o que já fui para por um comentário tão triste mas enfim, é neste perspectiva que se vê em que tipo de país vivemos. Além de possuir estudos, já fui empresária e possuo um curriculum que se calhar nem o sr.Eu possui.
    Enfim

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