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Ameaça de conflito entre Rússia e Ucrânia. G7 pede fim das provocações

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Mikhail Palinchak / EPA

Tropas paraquedistas ucranianas em exercícios militares junto à fronteira com a Rússia

Os líderes dos sete países mais ricos do mundo (G7) apelaram à Rússia para que termine as “provocações” e inicie uma redução da presença militar na fronteira com a Ucrânia.

“Pedimos à Rússia que termine com as suas provocações e reduza imediatamente as tensões, conforme as suas obrigações internacionais”, destacou o G7 em comunicado de imprensa conjunto.

Os líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) realçaram que “estes movimentos de tropas em grande escala, ocorrendo sem notificação prévia, constituem uma ameaça e um fator de desestabilização” e apelaram a Moscovo pela “transparência” sobre esses movimentos militares, tal como “se comprometeram a fazer” perante a Organização para a Segurança de Cooperação na Europa (OSCE).

O G7 reafirmou ainda o seu “apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas” e elogiou “a contenção da Ucrânia” neste novo momento de tensões.

A Ucrânia teme que o Kremlin esteja à procura de um pretexto para atacar e acusou os russos de reunirem mais de 80 mil soldados perto da fronteira oriental e na Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

Segundo Kiev, os separatistas pró-russos têm ainda 28 mil combatentes e mais de dois mil conselheiros e instrutores militares russos naquele território que controlam desde 2014.

Os Estados Unidos alertaram Moscovo, no domingo, através do secretário de Estado Antony Blinken, que qualquer agressão contra a Ucrânia terá “consequências”.

Blinken é esperado em Bruxelas na terça-feira para reunir com os aliados da NATO sobre vários temas polémicos, incluindo as tensões russo-ucranianas.

O responsável pela diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, também irá marcar presença na NATO na terça-feira, para conversas sobre o mesmo tema.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu à NATO para que acelere a adesão do seu país a este organismo, de forma a enviar um “sinal real” à Rússia. No entanto, o organismo está a observar este pedido com uma maior cautela.

A Rússia, por sua vez, afirma que Kiev está a preparar um ataque contra os rebeldes e ameaça ir em socorro da população das zonas separatistas, onde centenas de milhares de passaportes russos foram distribuídos.

ZAP // Lusa

10 Comments

  1. O Putin já nem esconde que o “rebeldes separatistas” são russos ao serviço do regime e cujo único objetivo é destabilizar e desmembrar a Ucrânia!!

  2. A Russia é uma não sem qualquer respeito pelas regras da comunidade internacional. Desde anexações como na Crimeia, de tentativas de anexação com da parte leste da Ucrania, de assassinato de jornalistas, de opositores politicos , detenções arbitrarias .. para eles tudo vale e sentem-se impunes. Culpa da comunidade internacional que continua a falar e negociar com esta gente. Na altura da Guerra Fria ficaram isolados do mundo precisamos repetir a dose. A China e as suas aspirações mundiais precisam do mesmo tratamento. A China sem o dinheiro do ocidente não é nada, espero que não acordemos tarde, quando eles ja não precisarem. Hitler no inicio da 2.ª guerra mundial disse dos aliados que eram uns cobardes e que não se atreveriam a afrota-lo … exatamente o que se passa com a Europa agora, somos uns cobardes com dinheiro, que tudo permitimos, ameaçamos um dia sanções politicas que são sobre meia duzia de dirigentes … Sera que eles não vêm a estupidez e a mesquinice que é congelar os bens de meia duzia de generais ou politicos russos e não os deixar viajar para a Europa … somos uma cambada de idiotas com a mania de importantes, ninguém nos respeita, não valemos nada nem metemos medo a ninguém, na segunda guerra mundial não fossem os Estados Unidos que sacrificaram umas centenas de milhares de vidas e estavamos agora todos a falar alemão … um país medio da Europa conquistava todo o continente, incluindo Russia e tudo não tivessem de se preocupar com a frente Oeste e os EUA. Os Russos espertos estão a aproveitar a nossa cobardia, não fosse terem medo dos EUA já nos tinham conquistado e não apenas a Crimeia

    • “A China sem o dinheiro do ocidente não é nada…”
      Uii… andas mesmo muito distraído e, na verdade, quem derrotou o Hitler foi mesmo a Rússia!!

      • Quem derrotou a Alemanha foi a Russia, mais uma dúzia de aliados. E com dinheiro dos Estados Unidos. Se não fosse o dinheiros dos americanos, os soviéticos teriam lutado com fisgas.

      • Armas, Dinheiros, víveres, veículos. ETC ETC ETC. Todas as semanas chegavam carregamentos.

      • Procure um livro chamado “Aliança” de Jonathan Fenby. Lá, para além da descrição dos factos, tem uma extensa bibliografia, como a dos arquivos soviéticos de Teerão e Yalta. boa leitura.

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