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Rússia sem intenção de manter Estação Espacial Internacional após 2020

NASA's Marshall Space Flight Center / Flickr

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A Rússia recusa prolongar o uso da Estação Espacial Internacional (EEI) após 2020, como propõem os Estados Unidos, anunciou hoje o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin.

“Precisamos da EEI até 2020. Depois de 2020, gostaríamos de canalizar estes recursos para projetos espaciais mais promissores”, disse Rogozin, citado pelas agências russas.

As agências espaciais russa e norte-americana, Roscosmos e Nasa, respetivamente, e a europeia (ESA) acordaram prolongar pelo menos até 2020 a atividade da plataforma orbital, que conta com a participação de um total de 16 países.

O anúncio de Rogozin ocorre num momento de tensão diplomática entre Washington e a Rússia, submetida a um conjunto de sanções internacionais pelo seu papel na crise na Ucrânia.

“O segmento russo [da EEI] pode existir de maneira independente, mas o segmento norte-americano não pode funcionar de forma independente do russo”, precisou o vice-primeiro-ministro.

Segundo o político russo, Moscovo quer concentrar esforços em missões tripuladas, enquanto os Estados Unidos não têm os meios necessários para enviar os seus astronautas para a plataforma orbital.

Dmitri Rogozin acrescentou que a Rússia irá comportar-se de “maneira pragmática” e não irá atrapalhar o trabalho dos cosmonautas norte-americanos na EEI.

O vice-primeiro-ministro anunciou igualmente que a Rússia vai suspender, a partir do próximo dia 1 de junho, o funcionamento em território russo das 11 estações norte-americanas do sistema de navegação GPS (Global Positioning System, Sistema de Posicionamento Global, em português).

Rogozin precisou que Moscovo só irá alterar esta decisão se Washington assumir o compromisso de implementar no seu território uma infraestrutura do sistema de navegação por satélite russo GLONASS, caso contrário a suspensão será definitiva a partir de 1 de setembro.

A Rússia também vai proibir o uso dos seus motores para foguetes de lançamento de satélites militares por parte dos Estados Unidos. Os motores, RD-180 e NK-33, só poderão ser usados se existirem garantias que só serão utilizados para fins civis.

Estas medidas, segundo Dmitri Rogozin, não devem ser interpretadas como sanções ou medidas de retaliação às normas internacionais impostas contra Moscovo.

/Lusa

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