Projéteis terão sido concebidos como chamarizes para desviar a atenção dos sistemas de defesa aérea e provocar um desperdício de recursos defensivos da Ucrânia.
Na madrugada de 15 de janeiro, a Rússia terá lançado uma ofensiva aérea contra a Ucrânia com 117 mísseis e drones, incluindo mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones Shahed. Entre estes, estavam quatro mísseis nucleares de cruzeiro equipados com ogivas fictícias.
De acordo com forças ucranianas citadas pelo portal ucraniano Defense Express, estes projéteis foram concebidos como chamarizes para desviar a atenção dos sistemas de defesa aérea e provocar um desperdício de recursos defensivos.
Entre os mísseis utilizados estariam os Kh-55SM, originalmente concebidos para transportar ogivas nucleares. De acordo com relatório da Força Aérea Ucraniana, o estes mísseis tinham duplo objetivo: saturar e confundir as defesas aéreas e aumentar as hipóteses de sucesso dos mísseis carregados de explosivos, como o Kh-101, esgotando os caros — e limitados — anti-mísseis da Ucrânia, como o Patriot.
Lançados a partir de bombardeiros Tu-95MS, os Kh-55SM têm caraterísticas de navegação avançadas e a capacidade de voar a baixa altitude, o que os torna difíceis de detetar.
A estratégia foi detetada pela primeira vez em dezembro.
Segundo o El Confidencial, o Kh-55SM faz parte de um arsenal nuclear russo que inclui outras armas de longo alcance, como o RS-24 Yars e o R-36M2 Voevoda, capazes de transportar ogivas nucleares múltiplas com alcances superiores a 12.000 quilómetros. A estes junta-se o RS-28 Sarmat, também conhecido como “Satan 2”, concebido para transportar veículos hipersónicos e ultrapassar qualquer sistema de defesa.
Guerra na Ucrânia
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