Rússia avisa que consequências da adesão da Finlândia e Suécia à NATO “podem ser consideráveis”

6

Alexei Druzhinin / Sputnik / Kremlin / EPA

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin

Vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Riabkov, afirmou que a adesão dos dois países à NATO será um “grave erro” e merecerá uma resposta dependente das “consequências práticas da adesão”.

As candidaturas da Suécia e da Finlândia à NATO, em reação à ofensiva russa contra a Ucrânia, constituem um “grave erro”, declarou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Riabkov. “É um grave erro adicional cujas consequências podem ser consideráveis”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Moscovo citado pela agência russa Interfax.

De acordo com Riabkov a resposta da Rússia “vai depender das consequências práticas da adesão” dos dois países escandinavos à Aliança Atlântica. “Para nós, é evidente que a segurança da Suécia e da Finlândia não vai sair reforçada desta decisão”, sublinhou acrescentando que “o nível da tensão militar (está) a aumentar“.

Os social-democratas no poder na Suécia aprovaram no domingo a candidatura à NATO, pouco depois de o executivo da Finlândia ter anunciado vontade em aderir à organização que Moscovo considera “ameaça existencial“. Para a Suécia e para a Finlândia, dois países que nunca fizeram parte da NATO, as candidaturas são resultado da ofensiva russa contra a Ucrânia e que a Rússia é uma ameaça para os países vizinhos. A Finlândia, em particular, partilha uma fronteira terrestre de 1.300 quilómetros com a Rússia.

Entre outros motivos, Moscovo justificou a invasão da Ucrânia referindo-se à proximidade de Kiev à NATO, através do estreitar das relações políticas, diplomáticas e militares.

Com a intervenção militar russa contra a Ucrânia iniciada no passado dia 24 de fevereiro o regime de Moscovo pretendia afastar a influência do “Ocidente”. Os países da NATO reforçaram o envio de armamento para as forças ucranianas que combatem o Exército da Rússia desde a nova invasão de fevereiro.

// Lusa

6 Comments

  1. É verdadeiramente inacreditável e trágico que um país, mesmo sendo considerado uma potência militar, se arrogue, nos dias de hoje, a mandar ou determinar o futuro de outro país, só porque faz fronteira consigo.
    A Rússia, chamada federação russa, por ter anexados territórios que tem vindo a conquistar militarmente sem ninguém lhes fazer frente,está agora a destruir a Ucrânia para lhe roubar territórios importantes para a sua economia, e ameaça já a Finlândia e a Suécia por ter manifestado a vontade de integrar a NATO.
    É tempo de pôr a Rússia do sinistro Putin em sentido e deixar de ter medo da sua ameaça nuclear.

    • O problema é termos tido na Europa grandes lideres como a Merkel que, mesmo depois da anexação da Crimeia, achou boa ideia fazer uma novo gasoduto diretamente da Russia para a Alemanha, e depender ainda mais da energia russa!…
      Brilhante, mesmo…

  2. Putin tem os dias contados. Ninguém tem feito tão mal à Rússia como o próprio Putim e a sua corte. O povo russo e o mundo não vão perdoar e esquecer por muitos anos. É muito curioso como a história se repete e sempre com recurso a símbolos e ideologias parecidas, que dizem combater. Putin é Hitler apenas diferem no empolamento da retórica, os actos são os mesmos.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.