A defesa do pirata informático defende ainda a invalidação das provas recolhidas nas buscas a sua casa devido a um erro na morada.
Rui Pinto, o pirata informático por detrás do caso Football Leaks, está a enfrentar um segundo processo judicial em que é acusado de 377 crimes, incluindo 202 de acesso ilegítimo qualificado.
A defesa de Rui Pinto apresentou 30 testemunhas em contestação aos pedidos de indemnização cíveis, entre as quais se destacam figuras como Cristiano Ronaldo, Luís Filipe Vieira e Isabel dos Santos. Estes nomes estão diretamente ligados aos escândalos revelados por Pinto, que forneceu documentação comprometedora à imprensa, como a alegação de violação contra Ronaldo e as operações financeiras ilícitas de Isabel dos Santos, expostas no Luanda Leaks.
A defesa critica o Ministério Público (MP) por abrir três processos sobre as mesmas acusações e a mesma tipologia de crimes, o que faz com que o denunciante veja “a sua vida completamente estagnada em termos de possibilidade de realização pessoal, familiar e profissional”, cita o Público.
Os advogados do hacker apontam também para falhas no mandado de busca ao apartamento de Pinto em Budapeste, que teria uma morada incorreta. Isto levou a que as autoridades fizessem as buscas sem um mandado válido, o que só poderia ter acontecido com a autorização de Rui Pinto. Este erro, segundo a defesa, invalida grande parte das provas recolhidas.
Outro ponto fulcral do processo envolve os acessos ilegais aos servidores do Benfica, cujos emails foram posteriormente divulgados pelo FC Porto, alegando-se um esquema de influência política e judicial no futebol português. Pinto nega envolvimento direto na divulgação dos emails e sublinha que não há provas forenses que o liguem aos acessos ilegítimos.
A defesa de Rui Pinto também contesta a validade das provas de acessos ilegais em muitas das entidades mencionadas, argumentando que não há registos forenses suficientes para comprovar os alegados crimes. Pinto já foi condenado em primeira instância a quatro anos de prisão, com pena suspensa, mas a defesa continua a lutar contra as acusações, sublinhando o papel crucial do seu cliente na revelação de escândalos internacionais como o Football Leaks, Luanda Leaks e Malta Files.
O julgamento atual é mais um capítulo numa batalha judicial complexa, onde Rui Pinto é retratado simultaneamente como hacker e denunciante, sendo acusado de crimes graves, mas também reconhecido pelo seu papel importante em investigações nacionais e internacionais.
Boa sorte com isso Rui… principalmente com a Isabel
Soltem o Homem deixem-no em paz, é melhor e preciso vivo do que vivo na prisão.
Mas quando é que percebem que este ser, não é herói nenhum e tudo o que fez foi roubar informação para pedir resgate? Se lhe pagassem ele calava-se e continuava, nunca ninguém saberia de nada. Não é nenhum Robin dos Bosques, o único motivo pelo qual se vai sabendo alguma coisa é porque usa isso para se ir defendendo na base da negociação. Tem de estar é preso como criminoso que é.