O líder do CDS-PP, Nuno Melo (D) com Rui Moreira (C), e Álvaro Castelo Branco, (E), na assinatura o acordo da Aliança Democrática (AD)
Presidente da Câmara do Porto acredita que já não existem condições de governabilidade.
Para Rui Moreira, já não existem condições de governabilidade em Portugal e é “mais ou menos inevitável” o país ir para eleições antecipadas.
O presidente da Câmara Municipal do Porto afirmou, no seu espaço de comentário semanal na CNN Portugal, que “os dois grandes partidos políticos têm lideranças que desconfiam ativamente umas das outras”. A margem de entendimento entre os dois é, para o autarca portuense, nula.
“Devo dizer que tenho uma posição nessa matéria clara que, se calhar, é partilhada por mais portugueses do que os políticos pensam e a comunicação social pensa. Eu acho mesmo que é mais ou menos inevitável nós termos eleições”, diz o autarca, que acusou Pedro Nuno Santos de chegar “ao grau zero da política” ao concentrar “todas as atenções sobre se houve conversas de Luís Montenegro com líder do Chega”.
O autarca criticou o funcionamento “verdadeiramente inverossímil” atual do Parlamento, que, na sua opinião, tenta governar através de iniciativas de diversos partidos. Sobre o Chega, diz que o partido de André Ventura está “a tentar salvar-se” das eleições.
Sobre a recente polémica em torno de um alegado acordo entre o Governo e o Chega para a aprovação do Orçamento do Estado, Moreira atacou a postura de Pedro Nuno Santos, acusando-o de concentrar “todas as atenções” nas conversas entre Luís Montenegro e o líder do Chega.
“O pressuposto disto tudo é que todos os líderes políticos falem com todos os líderes políticos, isto é que é normal”, defende.
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