Um novo estudo realizado por cientistas da NASA sugere que a “rugosidade” da superfície da Lua, assim como as sombras que a acompanham, pode ser um esconderijo para água congelada.
Embora tenha a aparência de uma “casca seca”, os cientistas pensam que a Lua tem água por toda a parte e, além disso, gelada. Mas não sabem muito bem como é que isto é possível, uma vez que a sua superfície fica quente o suficiente para fervê-la.
Contudo, de alguma forma, estudos mostraram que há água na superfície do seu lado diurno, aparentemente localizada em temperaturas incrivelmente altas. Em 2009, uma pesquisa descobriu também que a quantidade de água muda dependendo da hora do dia.
Há menos água antes do meio-dia, na altura mais quente, mas aumenta novamente à tarde quando começa a arrefecer. Isto sugere que pelo menos parte da água está livre para se mover – sendo fervida durante o dia e novamente congelada mais tarde.
Quando olhamos para os modelos termofísicos usados para entender esta situação, presume-se que a superfície da Lua é praticamente plana. Por isso, conta o Science Alert, cientistas da NASA atualizaram o seu modelo para tornar a superfície muito mais rugosa (recorrendo a imagens verdadeiras das missões Apollo que mostram rochas e crateras).
A equipa descobriu que a “rugosidade” da superfície criou sombras que permitiram ao modelo da Lua reter a água, assim como também que a água se movia conforme o dia aquecia ou arrefecia.
“A geada é muito mais móvel do que água encurralada. Portanto, este modelo dá-nos um novo mecanismo que explica como a água se move entre a superfície lunar e a fina atmosfera lunar”, declarou, em comunicado, o astrofísico Björn Davidsson, do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da agência espacial norte-americana.
O estudo foi publicado, esta segunda-feira, na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
E agora no verão que faz tanto jeito uma água fresquinha, nada como dar uma saltada até lá passar o dia e aproveitar uma noite de luar para regressar a casa!