Tipo de roupa comum expõe milhões de crianças a químicos tóxicos

A pesquisa alerta para o nível alto de concentração de PFAS tóxicos nos uniformes escolares resistentes às nódoas que são usados por milhões de crianças.

Um novo estudo publicado na Environmental Science & Technology concluiu que as crianças que usam uniformes escolares feitos com tecidos resistentes às nódoas estão a ser expostos a níveis potencialmente perigosos de químicos tóxicos.

Os químicos em questão são os PFAS (substâncias per e polifluoroalquil). “Os PFAS não devem ser usados em quaisquer roupas, mas o seu uso em uniformes escolares é particularmente preocupante”, alerta Marta Venier, autora principal do estudo.

“Os uniformes escolares são usados ​​diretamente na pele até oito horas por dia pelas crianças, que são particularmente vulneráveis ​​aos danos“.

Alguns PFAS foram associados a vários problemas de saúde, desde a obesidade, o cancro e casos mais severos de covid-19, e muitos já contaminaram a água consumida pelos cidadãos. Apenas uma pequena percentagem dos milhares de PFAS que existem é que foi testada para se verificar a sua toxicidade.

Os PFAS são também “químicos eternos“, que dificilmente se degradam naturalmente. Também se veio a descobrir que vários PFAS que inicialmente eram considerados inofensivos são, na verdade, maus para saúde humana.

Os PFAS nos uniformes são absorvidos através do contacto com a pele ou ao se comer sem se lavar as mãos. O tipo mais comum encontrado nos uniformes é também um risco por inalação. Ao serem lavados e expostos a água, os PFAS dos uniformes também contaminam o ambiente, relata o SciTech Daily.

Os investigadores recomendam que os pais verifiquem as etiquetas dos uniformes dos seus filhos para verem se estão marcados como resistentes a nódoas. Caso sejam, há evidências de que as lavagens múltiplas reduzem a concretração de PFAS. Também será útil falar com a direção da escola e alertar para este problema.

ZAP //

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