A nível psicológico, há coisas que preenchem o dia-a-dia… que deveriam deixar de preencher.
No original, lemos que esta é uma lista de time wasters. Ou seja, vem aí uma ementa de coisas que costumamos fazer que só servem para desperdiçar tempo.
É tempo mal gasto, se preferir essa definição, de acordo com a conta Live Philosophy no Twitter.
A primeira rotina que podemos dispensar é preocupar. Ser uma pessoa desleixada não é bom. Mas ser uma pessoa demasiado preocupada pode ser pior. Quando nos estamos sempre a ocupar com (pre)ocupações, estamos sempre a ocupar mal o tempo.
Esta é uma preocupação mais específica e muito comum: preocupação com o que os outros pensam. Convenhamos que é bem mais importante o que nós pensamos de nós próprios.
A terceira é queixar. Quanto mais nos queixamos, fica a sensação (muitas vezes errónea) de que a nossa vida está mesmo má. Mas somos nós que estamos a afundá-la, porque estamos constantemente a apresentar queixas. As queixas trazem mais queixas. Por vezes, exageradas e sem olhar o todo. Sim, há coisas que estão a correr mal; na minha família há 3 pessoas desempregadas – mas há 27 que têm emprego.
Pensar demais também não é muito bom. Tem a ver com os dois pontos anteriores, na verdade. Pensamos muito e vivemos pouco. Aproveitamos pouco.
Ver televisão. Esta é discutível, sim. Para muitas (para cada vez mais pessoas, parece), é uma perda de tempo. Para outras, é uma rotina essencial, libertadora ou aprazível. Ou até educativa, depende do contexto.
Na lista aparece também procrastinar. “É para amanhã, deixa lá, não faças hoje”. Mas amanhã vais adiar outra vez, dizia o Variações, com razão. E depois, dia após dia, semana após semana, ficamos sempre com a consciência de que aquilo está por fazer. Sentimo-nos condicionados, incompletos, talvez. Ou a falhar, mesmo.
O medo de falhar é uma constante. Mas isso, convenhamos, é difícil controlar em muitos casos. Depende quase sempre do contexto daquela pessoa, da forma como cresceu.
Tentar melhorar é positivo; tentar ser perfeito pode ser uma perda de tempo. “Ninguém é perfeito” – será que o leitor já se cruzou com essa frase? Provavelmente, sim. Aprenda a lidar, a viver, a aproveitar, com as virtudes que tem e com as “falhas” que tem.
Ficar à espera que a inspiração apareça. Isto sim, pode ser uma perda de tempo que dura e dura… Não só no mundo criativo. Em praticamente todos os momentos da vida. A inspiração é essencial, mas temos de fazer por isso. Há que ir à luta.
Por fim, é um erro, e uma perda de tempo, repetir o mesmo erro. Já poderíamos ter aprendido com o que fizemos na situação anterior.