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Rotas de metro e comboio podem ser reforçadas depois da Páscoa

As rotas do metro e comboio podem ser reforçadas depois da Páscoa, assim que as medidas sanitárias aliviarem. O reforço deverá ser feito com recurso a autocarros turísticos.

Comboios e metros completamente lotados são imagens características das horas de ponta em setembro, numa altura em que se dava início o regresso às aulas. Sem possibilidade de reforçar a oferta ferroviária em Lisboa e no Porto, a solução foi encontrada com mais autocarros turísticos.

O presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP), Luís Cabaço Martins, defende que “a medida surgiu no período em que foi menos necessária”. Em declarações ao Diário de Notícias, o líder da Associação Rodoviária de Pesados (ARP), José Luís Carreira, argumenta que “faltou um mecanismo que canalizasse as pessoas para o transporte alternativo”.

As associações sugeriram ao Governo que fossem contratados autocarros turísticos, que estavam parados devido à forte quebra no setor causada pela pandemia.

O programa de reforço de oferta foi anunciado a 4 de novembro e implicava um investimento do Fundo Ambiental de 1,5 milhões de euros, usado a meias por Lisboa e Porto, escreve o DN. A 25 de novembro, os autocarros começaram a sair das garagens.

Nessa altura, já o teletrabalho era recomendado. O programa acabou por arrancar só em Lisboa, com um reforço de apenas 70 dos 300 autocarros previstos. Além disso, apesar de haver mais espaço para manter as regras de distanciamento social, a viagem de autocarro demora o triplo em alguns casos.

Se em Lisboa a oferta foi reduzida, no Porto os autocarros nem saíram da garagem.

“Em novembro, estava em execução um plano de reforço de oferta dos serviços da STCP, financiado pelos municípios onde opera, com recurso à subcontratação de operadores privados para manter nível de oferta de transporte público consentâneo com as medidas de prevenção da propagação da pandemia”, refere o primeiro secretário da Área Metropolitana do Porto, Mário Rui Soares.

Os 750 mil euros reservados para o Porto ficaram por usar. Por isso, a verba continua disponível para ser utilizada “para planos de reforço da oferta em função das necessidades da procura que venham a verificar-se após o confinamento”, ou seja, depois da Páscoa.

A pandemia de covid-19 levou à redução em 40% do número de passageiros nos comboios da CP e a uma queda das receitas de 145 milhões de euros, de acordo com dados provisórios relativos a 2020.

No ano passado foram transportados 86,9 milhões de passageiros, uma diminuição drástica comparativamente aos quase 144,9 milhões transportados em 2019, escreve o Expresso. Em causa estão as medidas de emergência tomadas pelo Governo durante a pandemia de covid-19.

ZAP //

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