Krijn, o primeiro Neandertal encontrado na Holanda, ganhou agora uma nova vida, depois de uma equipa ter reconstruído o seu rosto.
Em 2009, o Museu Nacional de Antiguidades da Holanda apresentou um fragmento de crânio do primeiro Neandertal descoberto no país.
Denominado Krijn, o Neandertal foi descrito como sendo jovem, tendo habitado a região pré-histórica de Doggerland há pelo menos 50 mil anos.
Agora, os artistas Adrie e Alfons Kennis conseguiram reconstruir o rosto de Krijn, oferecendo assim um vislumbre mais concreto de como era a aparência dos nossos antepassados.
Todo o trabalho foi feito com base na análise de um pequeno fóssil de osso localizado na área da sobrancelha. “Por sorte, é uma peça bastante distintiva, que tem uma estrutura bem grossa e redonda”, referiu Adrie Kennis.
O exemplar, escreve o Ancient Origins, indica que Krijn tinha um caroço evidente em cima da sobrancelha direita, consequência do primeiro tumor benigno já observado em Neandertais.
A reconstituição da face também exigiu uma comparação com outros esqueletos de Neandertais.
Como resultado, cientistas da Universidade de Leiden, na Holanda, e do Instituto Max Planck, na Alemanha, elaboraram imagens digitais da provável aparência de Krijn.
A partir desse material, e das recentes descobertas sobre o cabelo, os olhos e a pele dos nossos antepassados, os irmãos Kennis – que já tinham tido experiências prévias com reconstrução de neandertais e hominídeos pré-históricos – esculpiram um detalhado modelo tridimensional.
O osso fossilizado, que serviu como pilar para a reconstrução, é datado de 50 mil a 70 mil anos e foi resgatado do fundo do Mar do Norte com o auxílio de uma draga de sucção.
As investigações realizadas por especialistas indicam ainda que Krijn tinha um porte físico robusto e se alimentava principalmente de carne.
Na época em que viveu, o nível do oceano era 50 metros mais baixo do que nos dias de hoje e a sua zona de residência era habitada por mamutes, rinocerontes, renas e cavalos. Apesar de fria, a região oferecia comida em abundância.
O fragmento do crânio e a face de Krijn irão estar expostos no Museu Nacional de Antiguidades da Holanda até 31 de outubro de 2021.
… ena, reconstruíram o rosto inteiro tendo apenas um pequeno pedaço de um dos ossos do crânio!
Ainda bem que não descobriram nenhum pelo púbico.
Se vir o vídeo, saberá que o pequeno pedaço foi usado, apenas, para confirmar que se tratava de um neandertal e que se tratava de um indivíduo jovem. A forma do resto do crânio e corpo foram moldados a partir de ossos encontrados noutros países da Europa.
… o caro Paulo não entendeu que a questão (que tentei ironizar) é mesmo essa:
“Krijn, o primeiro Neandertal encontrado na Holanda, ganhou agora uma nova vida, depois de uma equipa ter reconstruído o SEU rosto.”
É mentira! Os ossos não são dele, o rosto não é o dele! Apenas o pedaço de osso em questão pertence (pertenceu) a este individuo. O resto é inventado partindo de ossos da mesma época, mas não é isso que diz a notícia.
Dizer que aquilo é o rosto do moço, partindo apenas do pedaço osso que encontraram é risível, agora dizer que um Neandertal poderia ter aquele aspecto aproximado aí já poderei concordar (ou não).
“vislumbre mais concreto de como era a aparência dos nossos antepassados.”
Classificar os Neandertais como nossos antepassados é um pouco arriscado. O Homo Neandertal não é um antepassado do Homo Sapiens. O Homo Neandertal é uma espécie humana paralela ao Homo Sapiens. É verdade que houve cruzamento entre as duas espécies na Europa e que praticamente todos os europeus têm uma pequena percentagem (máximo de 5%) do seu genoma que terá origem nos Neandertais, mas daí a considerá-los como antepassados…