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Robô “Perseverance” aterrou em Marte (e já tirou fotografias)

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O robô “Perseverance”, da missão da NASA, pousou esta quinta-feira, pelas 20h56 de Lisboa, na superfície de Marte, para recolher amostras do solo e de outros elementos do Planeta Vermelho.

A chegada do “Perseverance” (“Perseverança” em Português), o rover da missão não tripulada da NASA “Mars 2020”, foi transmitida nas redes sociais Twitter e YouTube e também na página oficial da NASA, desde as 19h15 portuguesas.

As operações estiveram a ser coordenadas a partir do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em La Cañada Flintridge, na Califórnia, Estados Unidos.

O sinal proveniente de Marte demorou pouco mais de dez minutos a chegar à Terra, ou seja, quando a equipa responsável pela coordenação da chegada do “Perseverance” recebeu a informação de que o robô tinha aterrado, o aparelho já estaria há vários minutos no solo.

A entrada na atmosfera de Marte ocorreu às 20h48 de Lisboa e foi o ponto sete de uma lista com mais de 35 requisitos imprescindíveis para que a chegada ocorresse sem quaisquer problemas e que estava a ser monitorizada ao segundo. A fase final do processo demorou cerca de sete minutos, os chamados “sete minutos de terror“.

O momento da chegada foi aplaudido pela equipa que dirigiu as operações. “It’s alive!” (“Está vivo!”), gritaram os engenheiros que, minutos depois, foram presenteados com duas imagens de Marte, já publicadas nas redes sociais.

“Olá, mundo. O meu primeiro olhar para aquela que será a minha eterna casa”, lê-se na descrição da primeira imagem, seguida de uma segunda na qual se pode ler também: “E agora um olhar para o que está trás de mim. Bem-vindos à Cratera Jezero.”

Agora no Planeta Vermelho, o “Perseverance” irá procurar sinais de vida microbiana durante pelo menos um ano marciano, cerca de 687 dias terrestres. Para isso, irá recolher amostras de rochas e solo, armazená-las em tubos e deixá-las na superfície do planeta para uma futura transferência para a Terra.

O robô vai também estudar a geologia do planeta e testar formas de os astronautas em futuras missões poderem produzir oxigénio a partir do CO2 da atmosfera, que possa ser usado para respirar e como combustível.

Esta é a primeira missão da NASA a pesquisar explicitamente “assinaturas biológicas”, ou sinais biológicos de vida, desde o projeto Viking nos anos 70. Mas o “Perseverance” é, na verdade, o quinto rover da agência espacial norte-americana a pousar em Marte.

As duas primeiras, as gémeas “Spirit” e “Opportunity”, chegaram a Marte a 3 e 24 de janeiro de 2004. A “Opportunity” manteve-se em operação durante 14 anos, até ser atingida e danificada por uma tempestade de poeira em 2018.

Atualmente, a NASA mantém em Marte os rovers “Curiosity”, que pousou em agosto de 2012 em Aeolis Palus, na cratera Gale, e “InSight”, que chegou ao planeta em novembro de 2018.

ZAP // Lusa

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22 Comments

    • Mercúrio, amercurou
      Vénus, avenuzou
      Júpiter, ajupitou
      Saturno, assaturnou
      Urano, uranou
      Neptuno, anuptou
      Plutão, aplutou

      Gosto especialmente de ajupitar

      • O verbo “alunar” do vocábulo “alunagem” foi inventado na altura da primeira missão à lua e até pegou. Isto porque a palavra tem uma certa dinâmica e soa bem. Creio que “amartar” é algo monótono e se pensarem no nome dos outros planetas, vai pelo mesmo caminho. Mas procurem no dicionário… e se uma dessas palavras forem usadas amplamente, certamente farão parte do léxico oficial. É assim que um idioma evolui. Avenuzar…. chiça!

  1. …mas aquilo não está cheio de terra? Então não só aterram como enterram (sem badalhoquice, vá).
    Embora também ache piada a amartar em vez de aterrar…
    Durante os trabalhos vão ter de efectuar várias martaplanagens e não terraplanagens.
    Espero que não apanhem nenhum martemoto em vez de terramoto
    E vai ser só rir quando os martaplanistas descobrirem mais isto para usar o tempo que têm a mais.

  2. Lamento dececionar-vos, mas é mesmo “aterrar” (ou aterrizar, na versão brasileira)! O termo “terra” tem dois significados, um que se refere ao planeta (Terra) e outro que se refere à superfície sólida do planeta (terra). Neste sentido, também se pode aterrar (ou aterrizar) em Marte, tal como em qualquer outro planeta rochoso; se fosse um planeta aquático, aí sim, já não seria correto o termo aterrar!
    Mas, como diria o outro, isto são “peaners”…

    • Discordo, não porque a etimologia me importe ou sequer interesse especialmente, mas apenas para rodar mais umas mines e uns pires de tremoço enquanto discutimos o assunto.
      Não na tasca porque não se pode, mas cada um da sua varanda ou terraço, que lá seria martaço.
      (Quem não quiser tremoço, morfe uma saladinha de beterraba, ou melhor… já adivinharam? …de bemarteva!)
      Mas estou a desenterrar o tópico (ou será desenmartar?) porque por essa ordem de ideias também não se usaria o termo alunar, e o uso parece-me mais ou menos generalizado, penso eu de que….

  3. E eu concordo que outros possam discordar… e provavelmente com razão! Já estava à espera que surgisse algum comentário desse tipo à minha “provocação”!
    Na verdade, a língua vai sendo construída e é aquilo que nós quisermos (para o bem e para o mal); é um facto que o termo “alunar” se estabeleceu, parece-me bem, e também eu o uso! Na prática, o que pretendi dizer (ou, pelo menos umas das ideias subjacentes) é que, para “aterrar”, não necessitamos de nos preocupar em arranjar termos específicos para cada corpo estelar… por muito estimulante que isso possa ser!
    Até porque, por exemplo, “ajupitar” (também gosto, “Pois então”) e outros que tais, não servem, pois não se pode “aterrar” em planetas gasosos (Júpiter, Saturno e Urano)!
    Fiquem bem!

  4. No Sistema Solar, Mercúrio, Vénus, Terra e Marte são planetas telúricos, rochosos, ou terrestres. E assim se chamam por terem superfícies sólidas, de rocha, de terra. Nem terra significa toda a Terra, e nem só a Terra tem terra. Deixem-se lá de “amartanços”. E nos restantes 4 planetas, que são jovianos ou gasosos, nem sequer há uma superfície sólida e por isso neles nunca se poderá aterrar.

  5. “uma missão não tripulada”?? Então em 1969 foram prá lua umas tantas vezes, até conduziram um esportivo, e jogaram golfi. Fartaram-se de andar em modo canguru, deram saltos e cambalhotas, roubaram pedras à fartazana… E em 2021, ou seja 52 anos depois, enviaram para Marte uma sonda não tripulada! Decepcionante… Nem um Apolonático fez questão de ir junto com a sonda??

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