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Rival da Neuralink conseguiu recuperar visão de cegos

A Science Corporation, fundada pelo antigo presidente da Neuralink, Max Hodak, deu passos significativos na restauração da visão com o seu implante experimental de retina Prima.

O pequeno chip de 2 milímetros, implantado sob a retina, permitiu que participantes cegos recuperassem visão suficiente para realizar tarefas como ler, reconhecer rostos e resolver puzzles.

O implante consiste em 378 pixéis que, associados a óculos equipados com uma câmara, transmitem padrões de infravermelhos para a retina, simulando a visão natural, explica a revista WIRED.

Embora precoces, estes resultados representam um salto de esperança particularmente para pessoas com degenerescência macular relacionada com a idade (DMRI).

O ensaio envolveu 38 adultos com mais de 60 anos do Reino Unido e da Europa com atrofia geográfica, uma forma de DMRI que causa perda progressiva da visão central.

Embora seis participantes tenham abandonado o estudo antes do final do ano, os que permaneceram viram a sua acuidade visual média melhorar de 20/450 para aproximadamente 20/160. A acuidade visual é uma medida relacionada à perceção de pequenos detalhes nas imagens.

Alguns participantes registaram uma acuidade tão elevada como 20/63 ao utilizarem a função de zoom do implante, embora não seja claro até que ponto esta função foi utilizada de forma consistente.

O implante Prima diferencia-se de outros dispositivos de retina ao proporcionar um nível de visão de formas, permitindo aos utilizadores ver formas e padrões em vez de meros pontos de luz, conhecidos como “fosfenos”, vistos com dispositivos anteriores como o Argus II.

Este par de óculos especiais tem uma ótica integrada que direciona a luz para o dispositivo implantado, fornecendo-lhe energia e dados visuais.

Ao contrário dos seus rivais que colocavam elétrodos maiores em cima da retina, o chip do Prima fica por baixo, convertendo a luz em sinais elétricos processados pelo cérebro como imagens.

James Weiland, engenheiro biomédico da Universidade de Michigan não envolvido no estudo, considera estes resultados promissores, mas aponta lacunas nos dados, como a frequência com que os participantes utilizaram a função de zoom.

ZAP //

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