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Risco de o Zika se espalhar na Europa (durante o Inverno) é extremamente baixo

Frank Hadley Collins / Sanofi Pasteur / Flickr

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Fêmea de Aedes aegypti, mosquito que pode transmitir três doenças: zika, dengue e chikungunya

A Organização Mundial da Saúde reconhece que as probabilidades de “importação” do vírus para a Europa aumentaram, mas a transmissão do vírus é baixa durante o inverno. As condições climatéricas neste momento não são favoráveis à acção do mosquito no Mediterrâneo.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, confirma que vários países na Europa reportaram nos últimos dias casos “importados” de Zika, ou seja, de viajantes infectados que entraram no continente.

A agência da ONU revela que com a propagação do vírus no continente americano, aumentam as probabilidades de o Zika chegar a outras regiões do  mundo. Mas como actualmente é inverno no Hemisfério Norte, “o risco de transmissão na Europa é extremamente baixo”.

Apesar de o Aedes aegypti estar presente em vários países europeus, especialmente no Mediterrâneo, as condições do clima frio não são favoráveis à actividade do mosquito.

A OMS alerta para o risco de a transmissão aumentar com a chegada da primavera e do verão na Europa, já que os mosquitos preferem reproduzir-se em climas mais quentes.

A agência das Nações Unidas pede aos países europeus que estejam preparados para identificar casos e controlar os mosquitos, e recomenda um aumento de medidas para diminuir a presença do Aedes, nomeadamente uma maior vigilância do vector da doença.

Os laboratórios europeus precisam se preparar também para identificar a relação entre o Zika e possíveis complicações neurológicas em pessoas picadas pelo mosquito.

Em vários casos o Zika vírus foi identificado em fetos e bebés com malformações de nascença, mas as autoridades de saúde dizem que são necessários mais dados para poder confirmar uma relação de causa e efeito entre o Zika e as malformações.

Na segunda-feira, haverá uma reunião de um comité de emergência da OMS sobre a ligação entre o vírus e o aumento dos casos de microcefalia.

Os especialistas vão definir ainda se declaram o surto uma emergência de saúde pública.

ZAP / R-ONU

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