Rio: se ninguém disser basta, alguém um dia vai dizer chega

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ppdpsd / Flickr

O ex-presidente do PSD, Rui Rio

Rui Rio acusou hoje o Ministério Público de se “intrometer politicamente” ao ordenar buscas, esta quarta-feira, à sua residência e sede nacional do PSD, e insistiu na necessidade urgente de uma reforma da justiça.

“Se o Presidente da República, a Assembleia e os partidos não tiverem coragem de dizer basta haverá algum dia em que alguém vai dizer chega“, disse o ex-presidente do PSD, em entrevista à SIC, dois dias após buscas por suspeitas dos crimes de peculato e abuso de poderes.

Alvo de buscas domiciliárias, durante toda a manhã desta quarta-feira, Rui Rio diz que já não tem esperança no país e que objetivo da investigação é afetar a sua imagem. “Tudo isto é para afetar a minha imagem, estou farto da política”.

Em causa está a utilização de verbas do Parlamento, destinadas ao pagamento de assessores parlamentares, para pagar a funcionários do partido entre 2018 e 2022.

Rui Rio afirmou que os pagamentos em causa, que motivaram as buscas na sequência de uma denúncia “anónima e feita por vingança”, não são ilícitos e são uma “pratica transversal a todos os partidos desde sempre” .

Quanto ao motivo da investigação, acusou o Ministério Público de não saber o que procura: “Critérios de gestão, que o MP não sabe o que é… quando coloca 100 agentes pagos pelos impostos para procurar nada que não percebi o que foram procurar a minha casa” adiantou.

A gestão de verbas dos partidos, já “nos anos 80 já era assim”, diz o antigo líder do PSD, que não entende a razão de ter sido o PSD e a sua gestão os únicos alvos de buscas.

Rui insiste que, apesar de a Lei distinguir duas verbas para o financiamento dos partidos, “essas verbas são para utilização do partido“, independentemente de trabalhar no grupo parlamentar ou na sede, ou nos dois sítios, porque está a trabalhar para o partido.

Não há uma coisa que é o grupo parlamentar e outra que é o partido. É tudo a mesma coisa”, defendeu Rui Rio, considerando que o Ministério Público tem um “conceito absurdo” de interpretação da lei.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Só atrasados mentais é que consideram a hipótese de votar num partido como o chega. Os membros do partido não deixam qualquer dúvida sobre ao que vão. Muitos deles parecem acabados de sair do Júlio de Matos.

  2. O Presidente Rui Rio expôs na entrevista dada ao telejornal transmitido pela Sociedade Independente de Comunicação (SIC) a actuação do Ministério Público (MP), da Polícia Judiciária (PJ), e da comunicação social Portuguesa, inclusive provou que o Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, está a mentir ao afirmar que há «…uma zona cinzenta…» em relação às subvenções aos partidos políticos.
    É preciso obrigar os elementos do Ministério Público (MP) e da Polícia Judiciária (PJ), desde o topo até à base da cadeia hierárquica, a declarar se colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.).
    Não se pode permitir em Portugal a judicialização da política, esta situação que ocorreu é uma manobra por parte dos liberais/maçonaria para intimidar o Presidente Rui Rio e fazê-lo desistir de uma eventual candidatura à Presidência da República.
    Portugal, a República, e os Portugueses, encontram-se sequestrados pelos liberais/maçonaria, o País está com a sua economia, sociedade, e o trabalho, completamente destruídos e de forma intencional desde 2012 até à presente data e o pior é que não existe alternativa política, o Partido Chega (CH) é uma fraude, uma força política liberal/maçónica, é igual a todos os outros partidos que estão na Assembleia da República (AR) por isso é que é constantemente promovido pelos mesmos e a comunicação social.
    Os Portugueses não se podem deixar enganar – por isso é importante não votar – até que surja um partido/movimento político Patriota, Soberanista, Identitário, que trabalhe em prol do Interesse Nacional, do desenvolvimento integral da Pátria, do bem-comum dos Portugueses, e capaz de levar a cabo o Projecto de Nação redigido pelo Sr.º Dr.º Alberto João Jardim intitulado «A Tomada da Bastilha».

  3. Eu sigo o ZAP por 3 razões:
    Dão as notícias de uma forma factual (apesar de algum teasing nos títulos) tem notícias de ciência e para me rir com os comentários.

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