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Rio esmaga Santana, mas quem ganha é Costa

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Mário Cruz / Lusa

Os candidatos à liderança do PSD, Rui Rio (E) e Pedro Santana Lopes (D)

Uma sondagem dá uma vitória clara a Rui Rio em detrimento de Pedro Santana Lopes nas eleições diretas que se realizam hoje. Mas, no final, quem sai mesmo vencedor é António Costa, que recebe um voto de confiança para continuar no lugar.

A sondagem da Aximage para o Jornal de Negócios aponta para uma clara vitória de Rui Rio contra Santana Lopes. Dos 600 inquiridos, 69% acredita que o antigo autarca do Porto cumpriria melhor o papel de líder do PSD contra 22,5% que prefere Santana Lopes.

A diferença é reduzida se forem tidos em conta apenas os entrevistados que assumem inclinação a votar no PSD nas próximas legislativas, em 2019, no entanto, continua a ser chamativa. Neste contexto, 60,4% dos inquiridos prefere Rio a Santana, que recolhe 37,1% das intenções de voto.

Estes números não têm em conta, no entanto, o impacto dos últimos dois debates realizados estas quarta-feira, na TVI, e quinta-feira, na TSF e na Antena1, que podem exercer influência na intenção de voto, já que foram realizados entre os dias 6 e 9, data anterior à dos debates.

Assim, para esta sondagem fica expressa a opinião dos entrevistados tendo assistido apenas ao debate dos dois candidatos na RTP, do qual Santana Lopes saiu vencedor.

Nos últimos dois debates não terá sido tão visível uma diferença entre Santana e Rio, com debates menos agressivos – apesar de Rio não ter evitado o contra-ataque face ao primeiro confronto – e mais nivelados.

Dando como certo, na sondagem, que os inquiridos preferem Rio a Santana, entre o antigo autarca do Porto e o atual primeiro ministro, António Costa, o voto de confiança vai para o último.

O primeiro-ministro recolhe 55,7% das intenções e Rio 33%. Esta é a convicção dos 600 inquiridos quando Rio é colocado ao lado de Costa e quando é avaliado qual dos dois inspira mais confiança para exercer o cargo de chefe do Executivo.

A distância agrava-se se a disputa fosse feita entre Costa e Santana, com o primeiro ministro a recolher 71% das intenções de voto e o ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a recolher apenas 19%.

No entanto, se a avaliação sobre a confiança para primeiro-ministro for feita junto dos entrevistados que afirmam que votariam PSD numas eleições legislativas, os resultados mostram que Rio ganha a Costa, mas Santana não.

No duelo de Rio contra Costa o primeiro arrecada 75,6% dos votos, contra 7,8% para Costa. Surpreendente é o facto de o eleitorado social-democrata, no confronto entre Costa e Santana, acreditar que é o atual primeiro-ministro quem recolhe a confiança para manter a chefia do Governo. Costa teria 54,9% dos votos, enquanto Santana teria 29,8%.

ZAP //

10 Comments

  1. Esta sondagem não surpreende, surpresa seria que viesse a ser diferente disso o resultado efectivo da eleição directa.
    Pedro Santana Lopes fez um grande asneira – para si próprio e para o PSD – ao abdicar do conforto da cadeira na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
    Oxalá que Rui Rio consiga ser dinâmico e dinamizar, mas eu acho que um e/ ou outro são uns “panhonhas” ultrapassados face à forma como actualmente se faz “política”, o segredo para o sucesso está na “novidade” e disposição para truques, mesmo alguns malabarismos como já temos visto.
    Calculo que o Congresso do PSD não poderá alterar nada, mas poderá trazer esclarecimento ou mais dúvidas, quem sabe se também alguma surpresa promissora.

  2. O sr. Rio não deve andar bem da mioleira para se meter, aos sessenta anos, numa alhada como essa de ser presidente do PSD e candidato a primeiro ministro. Primeiro, porque jamais ganhará ao maçónico Costa (embora haja quem diga que o Rio é igualmente maçónico, só que de uma loja diferente); depois porque o PSD é hoje um ninho de lacraus e, neste momento, já começaram as escavações por debaixo do tapete para que ele se afunde o mais depressa possível. No estado actual das coisas, não há alternativa à política económica do Costa – uma austeridade escondida em impostos indirectos enquanto directamente vai dando mais uns “euritos” aos parolos dos portugueses, que já desataram a comprar carros a torto e a direito, não com base em ganhos efectivos mas com empréstimos bancários na presunção de ganhos futuros sempre a crescer- o que significa que o Rio pode mudar o nome aos bois mas que o carro continuará a andar da mesma maneira. O que por sua vez significa que quando o “hominho” levar com 25 ou 30 por cento dos votos dos portugas vai ter que meter a viola ao saco e perceber que aos sessenta anos ainda não amadureceu. A política hoje em dia é para gente jovem que usa sem pudor as chamadas verdades alternativas, isto é, que não tem nem assume a responsabilidade sobre coisa nenhuma, dizendo hoje uma coisa e amanhã fazendo outra porque entretanto – dizem eles – o “contexto” mudou. A politica e os políticos iguala as mudanças climáticas

  3. «««António Costa, que recebe um voto de confiança para continuar no lugar.»»»
    Qual voto de confiança ?
    Se ganhasse Santana já não teria esse voto ?
    Esta é a derradeira frase de quem estava com Santana e também perdeu.
    A vitória de Santana seria, sem qualquer dúvida, o melhor presente que Costa poderia receber. Teria a maioria assegurada em 2019 e o PSD não iria além de 20%.
    A Rui Rio vai ser difícil vencer Costa, mas se há alguma hipótese de tal acontecer, ele é a pessoa certa para o fazer.

  4. Carta ao Dr. Rui Rio
    (Que espero que leia atentamente)
    Não sou do seu partido nem de nenhum acima ou abaixo.
    Sou português, FARTO de ser hostilizado pelos facinoras que nos governam há já anos demais para o meu gosto.
    Espero que tenha a mesma postura que teve na CMPorto….
    Não há tréguas para os “Santanas Lopes” do seu partido ou dos acima ou abaixo, que estão mais preocupados em assegurar os seus burgos do que desempenhar as suas funções de cheges de Estado.
    O seu reinado vai ser escrutinado pelos muitos absentistas destes País, quer queira quer não.
    Espero que ao fim de 40 de ditadura democrática, surja um HOMEM que nos
    Livre de tanta hostilização e espesinhamento.
    Se demonstrar, enquanto “oposição construtiva” que é digno do cargo, terá o meu voto para próximo PRIMEIRO…
    Peço-lhe encarecidamente, como cidadão, que não desiluda os que, como eu, estão predispostos a votar massivamente num governo de extrema direita.

    • gostei do seu comentario uma analise bem feita e realista e da parte mais provocatoria tambem…..esse tal governo de “extrema direita” de que uma grande maioria deseja e o pais precisa. infelizmente os mafiosos de bruxelas e os milionarios de todo o mundo preferem os paises como o nosso montado na ignorancia e
      na impreparaçao civica governados por geringonças para melhor manobrar, para mais facil enriquecer e para com mais tranquilidade aproveitarem o sol e as boas condiçoes naturais do pais.

  5. Escalpelizando as percentagens de votos obtidos, por distritais, verifica-se que especialmente o Porto e Viseu não alinharam em impreparacao já certificada, indo antes atrás de trabalho persistente, conhecimento económico, cumprimento de mandatos, transparência de processos, qualidade de equipas, etc.etc.etc..
    Continuarão a eexistir dúvidas de que o PSD a partir de agora seja o que já foi, em grandeza e credibilidade mas, o primeiro passo está dado.
    O Rui Rio vai ter, com urgência, de propagar bem alto, a começar pela imprensa económica a aldabice do fim da austeridade e da redução da dívida. Observe-se o custo dos combustíveis quando a geringonça tomou posse e o preço de hoje para atestar o popo, além de mexer na formação de preços de tudo o que se necessita para o dia a dia. E a dívida quanto aumentou em valor absoluto? Baixou em percentagem do PIB porque este cresceu, o que foi muito positivo mas quando baixar, o valor a pagar e o mesmo. Estes sociais-comunistas fizeram bem as reposições que se impunham, mas, a partir daí os interesses do País e o futuro das pessoas não estão a ser defendidos.

  6. Concordo com PMJ em tudo, porém acho que os Portugueses ou não dão conta ou não querem ver.
    Infelizmente, mais tarde ou mais cedo isso vão perceber já tarde.

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