Rio Ave 0-3 Porto | Dragão diz “siiii” aos milhões da Champions

Na penúltima jornada da edição 2021/22, o FC Porto venceu o Rio Ave por 3-0 e garantiu a vice-liderança da prova, ficando desde já com o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões garantido.

Por sua vez, o emblema de Vila do Conde ficou “entre a espada e parede” no que concerne à luta pela manutenção. Toni Martínez, Luis Díaz e Sérgio Oliveira foram os goleadores de serviço na noite deste sábado no Estádio dos Arcos.

 

O jogo explicado em números

  • Pedro Amaral, Tarantini e Nélson Monte foram as principais novidades no “onze” vila-condense, em sentido contrário Fábio Coentrão, Francisco Geraldes e Guga saíram da equipa. Do lado “azul-e-branco”, Mbemba (a cumprir um jogo de castigo) foi substituído por Diogo Leite, que fez dupla com Pepe no centro da defesa. João Mário continuou a ser aposta no lado direito da defesa.
  • Período inicial entretido, mas sem nenhuma ocasião flagrante de golo, a situação mais perigosa surgiu aos 12 minutos, quando Manafá foi mais lesto do que Carlos Mané e evitou males maiores para os portistas. Até ao minuto 20, dos quatro remates – um para os da casa e três para os “dragões” – nenhum foi enquadrado.
  • Numa incursão pelo corredor direito, Manafá fez uma diagonal para o centro e por escassos centímetros não assinou um golo de antologia. Foi a quarta tentativa do emblema da Invicta, que ainda tinha mais posse de bola – 70% versus 30%. Instantes depois, Taremi fez um cruzamento/remate que embateu nos ferros e, na sequência, Uribe viu Aderlan “roubar-lhe” o golo inaugural.
  • Mais uma vez, Uribe era quem mais se destacava e, à passagem da meia-hora do encontro, era o MVP com um rating de 6.2. O colombiano já tinha feito um remate, um passe para finalização, quatro passes progressivos certos, desperdiçou apenas dois dos 16 passes realizados (eficácia de 88%), somou 23 acções com o esférico e foi certeiro nos dois dribles tentados.
  • Ao minuto 37, os rioavistas desperdiçaram uma oportunidade claríssima. Sobre o lado direito, Gelson Dala “sentou” Pepe no relvado, centrou e Carlos Mané a escassos metros da linha de golo não conseguiu encostar para o fundo da baliza, e aos 42, Borevkovic cabeceou com perigo. Dizia a estatística que, dos 11 remates – quatro para o Rio Ave e sete para o FC Porto – realizados até aos 40 minutos, nenhum foi em direcção à baliza.

Estela Silva / Lusa

  • A primeira metade terminou empatada sem golos, mas isso não ocorreu por falta de oportunidades, principalmente as que foram criadas após os 25 minutos. Os forasteiros assumiam mais as despesas ofensivas, mas os anfitriões iam poucas vezes à área contrária, mas sempre que o faziam era com perigo.
  • Com um  GoalPoint Rating de 6.3, Matheus Uribe era a unidade em destaque neste período graças a um remate – desperdiçando uma ocasião de golo flagrante – um passe para finalização, 32 acções com a bola, duas recuperações da posse, dois desarmes e um remate bloqueado. No Rio Ave, Carlos Mané 6.0 era o jogador mais em foco, com um remate, dois passes para finalização, três acções na área adversária, cinco acções no meio-campo adversário e quatro desarmes.
  • À oitava tentativa, os “dragões” enquadraram o primeiro remate e abriram a contagem no Estádio dos Arcos. Iniciativa conduzida por João Mário que assistiu Toni Martínez, o espanhol fugiu à marcação dos defensores adversários e com um tiro rasteiro, carimbou o 0-1.
  • E não tardou para os “dragões” aumentarem o “score”. Aos 59, num ataque “furioso” e veloz conduzido por Otávio, Luis Díaz executou na perfeição e com um remate certeiro fez o 0-2, deixando o Rio Ave encostado às “boxes” em apenas três minutos.
  • Lançado em cena segundos antes, Sérgio Oliveira anotou o 0-3 na primeira vez que tocou na bola, decorria o minuto 68. O internacional português fez uma rotação e atirou com força e precisão, marcando o seu 20º golo esta temporada, contabilizando todas as competições. No espaço de nove minutos, os comandados de Sérgio Conceição fizeram três remates (todos enquadrados) e outros tantos tentos.
  • Nem as alterações tácticas promovidas por Miguel Cardoso ajudaram os vila-condenses, que perderam tracção no centro do meio-campo e abriram diversas crateras à medida que foram subindo as linhas em busca de um golo que os pudesse voltar a colocar na luta por um resultado mais favorável.
  • Aos 83 minutos, Marcano foi lançado por Conceição e estreou-se na edição desta época da Liga NOS.
  • Foi já em período de descontos que os da casa gizaram as oportunidades mais claras, em duas ocasiões Meshino obrigou Marchesín a fazer duas intervenções de elevado grau de dificuldade. 
  • Derrota que coloca o Rio Ave numa posição ainda mais indesejada, no penúltimo lugar que dá acesso ao “play-off” na luta pela permanência. A equipa de Vila do Conde é o pior ataque da competição com apenas 23 tiros certeiros, nos últimos 11 encontros não marcou em oito ocasiões e não vence há seis partidas consecutivas.
  • O FC Porto, que não perde na Liga NOS há 27 jogos de rajada, chegou esta noite aos 70 golos marcados na prova, sendo o melhor ataque.

 

O melhor em campo GoalPoint

Luiz Díaz tem aproveitado a lesão de Corona para reivindicar que merece ser uma opção mais válida no que diz respeito à luta por uma vaga nas alas dos portistas.

Rápido, habilidoso, um verdadeiro “espalha-brasas” para o último reduto adversário, foi autor de um golo (fez ao todo quatro remates), uma assistência, cinco passes para finalização (máximo na partida), cinco passes valiosos, gizou, ainda, sete acções com o esférico na área do Rio Ave (mais um máximo), foi feliz em cinco dos nove dribles tentados e ainda recuperou a posse em oito ocasiões, demonstrando que, além de desequilibrar no ataque, foi um elemento importante no processo defensivo.

Graças a esta “performance” de mão cheia, Luiz Díaz foi o MVP do jogo com um GoalPoint Rating de 7.1.

 

Jogadores em foco

  • Otávio 6.9 – Saiu a queixar-se de dores num dos joelhos, mas enquanto esteve em jogo foi um dos elementos mais activos, construindo e ajudando a equipa a acercar-se da baliza rioavista. Do registo do médio, destacam-se dois passes para finalização, um remate, quatro passes valiosos, quatro recuperações, três acções defensivas no meio-campo adversário e quatro desarmes, dois registos que mais ninguém alcançou esta noite.
  • Sérgio Oliveira 6.5 – Precisou de apenas alguns segundos após entrar para sentenciar o encontro. Além da autoria do tento do 3-0, fez com sucesso dois passes longos e produziu 18 acções com o esférico.
  • Toni Martínez 6.4 – Mais um dos jogadores que tem aproveitando esta fase final da época para chamar a atenção de todos. Sempre em constantes movimentos de ruptura, criou perigo em diversas ocasiões e deu largura aos ataques “azuis-e-brancos”. Marcou um golo, fez dois passes para finalização, quatro passes ofensivos valiosos e registou sete acções com a bola na área do Rio Ave.
  • Marchesín 6.3 – Foi uma espécie de espectador durante 90 minutos e apenas foi chamado a intervir no período de descontos, quando negou em duas situações o golo a Meshino.
  • Meshino 6.2 – Vinte minutos bastaram para o japonês conseguir ser o jogador do Rio Ave com melhor rating. Veloz e objectivo, acertou no alvo dois dos três remates e apenas os reflexos de Marchesín impediram que fizesse pelo menos um golo.
  • Gabrielzinho 4.2 – Noite para esquecer do avançado. Entrou ainda na etapa inicial para a vaga do lesionado Rafael Camacho, mas nunca conseguiu assustar os defensores do FC Porto. Em 51 minutos apenas tocou na bola em oito ocasiões, cometendo ainda três faltas e consentiu que fosse driblado quatro vezes (máximo negativo na partida).

 

Resumo

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