Reviravolta épica dos leões no adeus a Amorim

José Coelho / Lusa

Uma espetacular reviravolta na segunda parte permitiu este domingo ao Sporting recuperar de dois golos de desvantagem e vencer em Braga por 4-2, no jogo que marcou a despedida de Rúben Amorim do clube de Alvalade. E o herói improvável foi… Conrad Harder.

Na sua deslocação a Braga, o Sporting colocava em jogo a sua condição de equipa imbatível e apostava em igualar o seu recorde de vitórias consecutivas no início do campeonato — 11, conseguidas por Marinho Peres no arranque da época de 1990/91.

Era também a despedida de Rúben Amorim, depois do adeus a Alvalade com uma vitória épica por 4-1 frente ao Manchester City.

Mas o Sporting de Braga, que vinha de dois triunfos consecutivos para o campeonato, entrou melhor e chegou ao intervalo com uma vantagem de dois golos, depois de um ‘bis’ de Ricardo Horta, aos 20 e 45 minutos.

Ainda com o resultado em 1-0, mais uma má notícia para o Sporting: uma nova lesão de Pedro Gonçalves, que saiu do relvado em lágrimas. Pela segunda vez, os músculos atraiçoaram Pote numa altura em que estava convocado para a Seleção.

Na segunda parte, tudo foi diferente. Amorim fez, de novo, a sua magia.

Aos 60 minutos, no primeiro toque na bola após a entrada em campo, Morita fez o primeiro golo dos leões, na recarga a um cabeceamento ao poste de St.Juste, e reduziu para 2-1.

O Sporting continuou à procura do golo, aproveitando algum desgaste físico do Braga — golo que chegou aos 80 minutos, através de um remate espetacular do capitão Morten Hjulmad a uns bons vinte metros da entrada da área.

A reviravolta adivinhava-se, e aconteceu mesmo aos 89 minutos, com um golo, mais um de fora da área, de Conrad Harder. Poucos minutos mais tarde, já em período de descontos, o norueguês bisou na partida, mais uma vez com um pontapé de fora da área, após passe de Gyökeres.

Os leões somaram o 11.º triunfo em outros tantos jogos para a Liga, entregando ao seu treinador uma reviravolta épica no seu adeus ao clube. Ruben Amorim reforça o seu estatuto de treinador histórico do Sporting e do campeonato português.

Com esta vitória, o campeão em título mantém a liderança isolada da Liga, agora com 33 pontos, 11 vitórias em 11 jogos, e fica a aguardar pelo resultado do clássico da Luz entre Benfica, terceiro, e FC Porto, segundo, enquanto o Sporting de Braga fecha a ronda no quinto posto, com 20 pontos.

O Jogo em 5 Factos

1. À lei da bomba

Com três golos de fora da área, o Sporting estabeleceu novo máximo da Liga. Hjulmand e Harder com um bis, converteram em golos os 0,15 xG destes três disparos.

2. Poucos remates de parte a parte

Tanto o Braga (3), como o Sporting (13) atingiram novos mínimos de remates na Liga. Ambos com cerca de 11 remates abaixo da sua respectiva média, 14,6 e 24,4.

3. Eficácia como palavra de ordem

O Braga marcou dois golos nos únicos dois remates enquadrados que dispôs, ambos na primeira parte. O Sporting depois de uma primeira metade sem remates enquadrados, marcou quatro golos em seis disparos enquadrados na etapa complementar.

4. Agressividades igual máximos

Ambas as equipas igualaram o seu máximo de infracções na Liga, com o Braga a conceder 20 faltas e o Sporting 13. As 20 faltas ganhas pelo Sporting configuram um novo máximo da turma leonina na Liga.

5. Bracarenses com pouco acerto no passe

Três novos mínimos na Liga para os “arsenalistas”: menor número de passes tentados (225), menor número de passes acertados (168) e maior número de passes falhados (57).

Melhor em Campo

O dinamarquês Conrad Harder voltou a ser preponderante vindo do banco, operando a reviravolta “leonina”. Com uma eficácia de remate de 1,9 decorrente dos dois golos de fora da área que converteu em apenas três remates totais e com 0,1 xG. terminou com um rating de 8.1 e o destaque de MVP.

Resumo

ZAP // GoalPoint

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