Arqueólogos egípcios revelaram o caixão vazio de Ptah-M-Wia, tesoureiro-chefe e um dos ‘braços-direitos’ do faraó Ramsés II.
O sarcófago de 3.330 anos é feito de granito rosa e já tinha sido descoberto no ano passado, mas só agora é que foi revelado ao público.
Além de ser tesoureiro do faraó, detalha o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito em comunicado, Ptah-M-Wia era também “escriba real”, “supervisor-chefe da pecuária” e estava encarregado de “oferendas divinas a todos os deuses do Alto e do Baixo Egito”.
A missão arqueológica egípcia da Faculdade de Arqueologia da Universidade do Cairo foi chefiada por Ola El-Ajezy. A descoberta do túmulo foi feita durante as escavações que a missão está a realizar na área de antiguidades de Saqqara.
Além do túmulo do ex-tesoureiro, a equipa também descobriu no ano passado os túmulos de vários dignitários, incluindo de um líder militar chamado Hor Mohib.
O túmulo de Ptah-M-Wia estava vazia, com os investigadores a sugerirem que foi roubado por saqueadores. Segundo a Smithsonian Magazine, vestígios de resina no sarcófago confirmam que continha um corpo mumificado.
The Egyptian archaeological mission of the Faculty of Archeology at Cairo University, excavating a granite sarcophagus of “Ptah-Im-Wea”, a high-ranking statesman from the reign of King Ramses II. This was during the excavations in the Saqqara antiquities area. pic.twitter.com/mLjh31bRQy
— Ministry of Tourism and Antiquities (@TourismandAntiq) September 19, 2022
Os hieróglifos do túmulo pedem a proteção do falecido e têm representações de Hórus, o deus do céu com cabeça de falcão e filho das divindades Osíris e Ísis.
A equipa de arqueólogos não encontrou outros artefactos dentro do sarcófago, de acordo com o comunicado.
Ramsés II governou o Egito de 1279 a 1213 aC, o segundo reinado mais longo da história egípcia.
Em maio, investigadores descobriram 250 sarcófagos e 150 estátuas de bronze no antigo cemitério. No final de 2020, descobriram também mais de 100 caixões de madeira intactos com hieróglifos e múmias bem preservadas dentro deles. Especialistas também desenterraram estátuas, gatos mumificados e inúmeras obras de arte.