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Restaurante de José Avillez no Porto vandalizado por grupo pró-palestiniano

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belcanto.pt

O chef José Avillez na cozinha do restaurante Belcanto

O restaurante Cantinho do Avillez, no Porto, foi vandalizado esta sexta-feira. O chef português José Avillez esteve recentemente num festival gastronómico em Israel e sofreu pressões para boicotar o evento. Na origem do ataque poderá estar o movimento pró-palestiniano BDS. 

O chef português José Avillez participou esta semana no festival gastronómico Round Tables, que decorre até 26 de novembro em Telavive, Israel. Avillez foi um dos 13 convidados de vários restaurantes internacionais – como o Musket Room, em Nova Iorque, ou o La Bottega, em Génova – para cozinhar em Telavive e regressou este domingo a Portugal depois de uma semana no restaurante anfitrião Nithan Thai.

Todos os chefs presentes foram alvo de pressões por terem decidido participar nesta segunda edição do Round Tables, através de emails e das redes sociais com pedidos para boicotar o festival.

No entanto, na noite de sexta-feira, o restaurante Cantinho do Avillez, no Porto, foi vandalizado com tinta vermelha e papéis colados à porta, com mensagens como “Free Palestina” (“libertem a Palestina” ou “Avillez collaborates with Zionist occupation” (“Avillez colabora com a ocupação sionista”).

Segundo o jornal The Times of Israel, os autores do protesto serão ativistas do movimento pró-palestiniano BDS – Boycott, Divestment and Sanctions (Boicote, Desinvestimento e Sanções), mas o acto ainda não foi reivindicado pelo grupo.

O grupo José Avillez não faz qualquer comentário ao incidente e o Observador avança que José Avillez não vai apresentar queixa.

No seu site, o BDS explica que o festival gastronómico “tenta branquear a violenta repressão dos direitos humanos dos palestinianos por parte de Israel”. O BDS descreve a campanha que organizou nas redes sociais, com mais de “480 tweets e centenas de mensagens nas páginas de Facebook” apelando aos chefs para boicotarem o evento.

Em alguns restaurantes, como o Musket Room de Nova Iorque ou o L’Ami Jean em Paris, houve mesmo manifestações à porta.

O blogue português de solidariedade com a Palestina “Palestina Vence” refere, numa publicação datada de 10 de novembro, que “ativistas contra o regime israelita de ocupação e apartheid lançaram um apelo” por carta a José Avillez, assinado pela Associação Abril, o Coletivo Mumia Abu Jamal, o Comité de Solidariedade com a Palestina, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, o Grupo Ação Palestina, o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, o Panteras Rosa – Frente de Combate à Lesbigaytransfobia e o SOS Racismo.

O Round Tables é uma iniciativa privada patrocinada pelo American Express e em parceria com os ministérios israelitas dos Negócios Estrangeiros e Turismo e a Câmara de Telavive. Yair Bekier, um dos organizadores do evento, contou ao Público que, no ano passado, na primeira edição, dos 300 restaurantes de todo o mundo que contactou “290 disseram que não”, tendo o festival arrancado com sete chefs convidados. O objetivo é levar agora o modelo do festival a outros países, começando possivelmente por Moscovo.

Polícia vai investigar ataque

De acordo com o Diário de Notícias, Avillez decidiu não apresentar queixa mas, dado o suposto contexto político do ataque, a PSP vai investigar o caso e tentar identificar os seus autores.

Fonte policial afirmou ao jornal que se o Ministério Público entender, a investigação pode até passar para a Polícia Judiciária.

Em declarações ao DN, o chef português diz que o que aconteceu no seu espaço no Porto é um “acidente de percurso” e assegura que não está ligado a qualquer apoio político a Israel.

“Se o encontro gastronómico fosse na Palestina iria também. A cozinha israelo-palestiniana interessa-me muito. Da política não percebo. Como dizia o outro, eu é mais bolos“.

ZAP

7 Comments

  1. EStamos onde? No seculo 19? O ser humano cada vez está mais retrogrado, não respeita nada nem ninguém. Se as coisas ou os gestos das outras pessoas forem diferentes do pensar deles atacam!! Isso não é democracia, liberdade. Esta gente se não está bem que vá p/ a terra deles, Não venham mandar na terra dos outros nem nas coisas dos outros. Voçês são bichos, não são gente.

  2. Malditos sejam os nazis islamo-fascistas desde seculo 8º ! Seguindo um falso profeta maomé suíno e macacoide, e seguindo o falso-corão ou falso-quran que não é mais do que o mein kampf do nazi islamo-fascismo.

  3. Estes movimentos em nada se distinguem dos movimentos anti-semitas anteriores a 1939, que desebocaram no holocausto.
    Se a preocupação com o povo palestiniano é valida, deveriam protestar também com os corruptos dirigentes da fatha e do hamas. E já agora, aproveitando o embalo, protestavam também contra a brutal ocupação do tibete pela china, do Sahara Ocidental por Marrocos, etc. etc. etc.

  4. A atitude de José Avilez é de uma enorme dignidade. Demonstra que não confunde a nuvem com Juno e, como tal põe um ponto final no assunto.

  5. Afinal os atacantes só demonstraram que a razão deles é só à base da força e do terrorismo típico das várias etnias árabes que até entre eles próprios se guerreiam e nunca se conseguem entender, como poderão eles entender os outros!.

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