Restauração aumenta preços até 15% na sequência da subida dos custos

Patrícia de Melo Moreira / AFP

Um inquérito da Ahresp mostrou que 57% das empresas de restauração sofreram um aumento de 15% a 30% dos custos operacionais.

De acordo com o inquérito, noticiado esta quarta-feira pelo jornal Público, 57% das empresas de restauração sofreram um aumento dos custos operacionais, sendo que 77% destes inquiridos aumentaram a fatura num intervalo que vai até aos 15%, enquanto outros 23% já subiram entre 15% e 30%.

A Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal justifica que a explicação assenta nos efeitos da invasão russa da Ucrânia e na inflação.

No inquérito, 57% dos inquiridos responderam que os custos operacionais (como matérias-primas, transporte e energia) cresceram entre 15% e 30%, enquanto outros 20,4% referiram que a subida foi de 30% a 50%.

O facto de 73% já sentirem escassez de produtos considerados essenciais para a sua atividade mostra “uma forte contenção por parte das empresas, que preferem esmagar margens a fazer recair o significativo aumento de custos junto dos clientes”.

Já no que concerne às empresas de alojamento, a subida de custos é menos expressiva: 47% dos inquiridos deram nota de um aumento dos 0% aos 15%, e 50,5% refletiram os efeitos na fatura. De acordo com a Ahresp, 84% dos inquiridos deste grupo subiram os preços entre 0% e 15%.

O comunicado indica que “63% das empresas de restauração e similares e 39% das empresas de alojamento continuaram a registar quebras no primeiro quadrimestre de 2022, face ao período homólogo de 2019”.

Em relação ao verão, “o inquérito conclui que para 47% das empresas de restauração e 73% das empresas de alojamento este será igual ou melhor do que em 2019. Já para 39% das empresas de restauração será pior”.

ZAP //

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