Um novo estudo sugere que os répteis voadores pré-históricos, conhecidos como pterossauros, tinham uma pele relativamente lisa, sem qualquer cobertura.
David Unwin, da Universidade de Leicester, e Dave Martill, da Universidade de Portsmouth, publicaram um estudo na Nature Ecology & Evolution no qual apresentam uma nova explicação para as evidências fósseis que, até hoje, fizeram os cientistas crer que os pterossauros tinham penas.
Este novo artigo científico é uma resposta a uma outra pesquisa, levada a cabo há dois anos, que analisou filamentos ramificados em forma de penas na pele destes répteis voadores pré-históricos, interpretados como “penas protoplasmáticas“.
Agora, avança o Sci-News, a equipa de cientistas sugere que estes filamentos seriam, afinal, fibras resistentes que fazem parte da estrutura interna da membrana da asa, e que a semelhança a penas era uma consequência da decomposição e do efeito do tempo nestes tecidos.
“A ideia de pterossauros com penas remonta ao século XIX, mas a evidência fóssil era, e ainda é, muito fraca. Alegações excecionais requerem evidências excecionais – e nós temos a primeira, mas não a última”, explicou Unwin em declarações ao Phys.
Os pterossauros foram uma espécie de répteis voadores que coexistiram com os dinossauros há milhões de anos. O facto de as penas se desenvolverem ou não em pterossauros tem implicações muito grandes na paleontologia, já que as penas são consideradas muito complexas para se terem desenvolvido em dois grupos de animais diferentes.
Por esse motivo, determinar que animais foram os primeiros a terem o corpo coberto de penas tem o potencial de reconstruir teorias inteiras.