Rendas subiram 6,1% no último ano. Contratos acessíveis fora dos apoios fiscais

O Centro foi a região onde a subida das rendas foi mais acentuada. Lisboa, Porto e Funchal são as cidades onde é mais caro arrendar casa.

Entre Agosto de 2021 e Agosto de 2022, o preço das casas para arrendar em Portugal subiu 6,1%, tendo o metro quadrado atingido os 11,6 euros no último mês, de acordo com os dados do Idealista.

A subida entre Julho e Agosto foi de 1,4% e a variação trimestral traduz-se num crescimento de 3,3%. Nove capitais de distrito registaram subidas nos custos das rendas — Viana do Castelo (11,2%), Viseu (9,8%), Braga (4,3%), Coimbra (4,1%), Porto (2,9%), Lisboa (1,8%), Setúbal (1,4%), Castelo Branco (1,2%) e Aveiro (0,6%).

O Centro foi a região onde as subidas foram mais acentuadas (3,3%), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (2,1%) e o Norte (1,8%), relata o Dinheiro Vivo. Lisboa continua a ser a cidade mais cara, com um metro quadrado a custar 15,2 euros. O Porto fica no segundo lugar, com cada metro quadrado a custar 11,9 euros, seguindo-se os 10,8 euros cobrados no Funchal.

Contratos de renda acessível fora dos apoios fiscais

O Governo decidiu compensar os senhorios depois de ter imposto um travão às rendas em 2023, mas os proprietários que tenham aderido a programas de arrendamento acessível ou que tenham baixos rendimentos vão ficar de fora destes apoios fiscais.

Estes apoios também só estão destinados aos contratos de arrendamento assinados antes de 1 de Janeiro de 2022. O travão imposto pelo Governo impede as rendas de subirem mais de 2%, mas o executivo vai manter o rendimento anual líquido do senhorio caso houvesse um aumento de 5,43% — o valor do coeficiente que serve de base para a atualização das rendas.

A proposta de lei que foi entregue ao Parlamento não inclui nenhuma solução para os senhorios que não são tributados, quer seja porque os seus rendimentos são tão baixos que não chegam a ter de pagar impostos ou porque incluíram a casa num programa de rendimento acessível que oferece uma isenção fiscal.

O Jornal de Negócios explica ainda que os contratos celebrados em 2022 também são excluídos porque já contemplam a situação do mercado e por isso os valores da renda já serão ajustados de acordo com a situação atual de inflação.

ZAP //

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