Um raio matou 68 cabras na freguesia de Gondoriz, em Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo. O pastor que perdeu os animais, Dário Silva, diz que, em “40 anos de serra”, nunca viu nada assim.
O episódio insólito e trágico aconteceu na sexta-feira à tarde, por volta das 15 horas, quando os animais estavam a pastar na montanha.
“Eu estava ao telefone, ouvi dois ecos de trovão e vi uma labareda num bocado de tojo (mato), olhei para o lado e vi duas cabras atordoadas, e quando olhei para outro lado vi muitas outras no chão”, relata ao jornal O Minho o proprietário dos animais.
“Nunca tinha visto nada assim na minha vida, todas em fileira, junto umas às outras, mortas”, conta ainda.
“É um terror“, acrescenta o pastor que tem “40 anos de serra”. “Nunca vi disto, o raio deve ter caído aqui, iniciado um incêndio ali num tojo e matado as cabras, é que não há outra explicação para a morte delas”, refere Dário Silva que tinha um total de 300 animais.
O incêndio foi “uma fogueirinha que se apagou logo com a chuva”, mas o impacto do trovão terá sido fatal para os animais.
“Nem estão feridas nem nada. Rebentaram todas por dentro“, diz ainda Dário Silva em declarações à agência Lusa.
“Antes queria perder cinco mil euros do que perder as cabras”, lamenta também o pastor, notando que “não há cabras novas para comprar e as que há são caríssimas”, custando “80 e 100 euros cada uma”, pois trata-se de “uma raça antiga”.
Dário Silva refere igualmente que algumas das cabras mortas estavam para parir e que, além disso, ficaram várias crias sem mães para serem alimentadas.
“São cerca de 10, alguns com 15 dias de nascidos que vão morrer de fome, coitadinhos. Não é como os vitelos, não pegam no biberão”, diz.
O pastor está agora na expectativa de poder vir a receber algum apoio financeiro. “Não sei se me vão ajudar, mas eu vivo disto”, aponta.
“Vou fazer 54 anos, criei os meus filhos com isto. É a minha profissão. Venho para os montes da freguesia de manhã cedo, pôr o rebanho a pastar, com a ajuda dos quatro cães de raça Castro Laboreiro e cão de guarda transmontano, e à noite recolho as cabras para um barracão”, relata ainda na Lusa.
O veterinário municipal, um técnico do Ministério da Agricultura e o vereador municipal da Protecção Civil, Olegário Gonçalves, estiveram no local do acidente para analisar o sucedido.
“O cenário é indescritível”, assume Olegário Gonçalves em declarações à Rádio Barca FM. O caso está agora a ser analisado pelo Ministério.
ZAP // Lusa
Incrível. Não fazia ideia de que era possível um relâmpago matar tantos animais.
Um raio, sim.
Percebi agora que o correcto é um raio e não relâmpago. Aprender até morrer, se possível não de um raio 😉
Obrigado pela correção.
É energia electrica em alta voltagem.
Morreram electrocutadas.
Relâmpago não mata, é um clarão súbito. Quereria dizer raio. E referir-se a biberão, em vez de beberão.
Desgraçado pastor. Apesar de tudo, felizmente, não foi ele a vítima.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
Felicidades.
Biberão e não beberão
Bem pode contar com ajudas estatais!
Se fosse 1 de abril julgava que era mentira. Nunca vi um raio a atingir o solo, sem ser através de uma árvore… Fonix…
Uma coisa é certa… O homem sabe fazer contas. É que 68 cabras com um valor de 80 a 100 euros dá 5440 a 6800 euros. É mais do que 5 mil, sem dúvida!!
E porque não??
Onde anda o PANdemia?? Não diz nada?? Querem proteger a Natureza?? A Natureza trata deles… Ainda bem que o homem não estava ao pé das cabras… Mais vale isso!
Não é novidade infelizmente, procurem no Google por: thunder dead cattle
Se fosse justo receberia ajuda bem merecida.Nao ha duvida que existe azar e sorte ainda muita gente nega isso.
Quando te dói os dentes tb vais para a porta da sede do partido socialista? Que raio de lógica é a tua?