A partir desta segunda-feira, as pessoas podem juntar-se em grupos de seis ao ar livre e retomar a prática de desportos em espaços abertos.
O Reino Unido dá, esta segunda-feira, mais um passo para sair do confinamento em vigor há três meses com o fim, em Inglaterra, da ordem para ficar em casa, mas as autoridades mantêm uma mensagem de cautela.
A partir de hoje, as pessoas podem juntar-se em grupos de seis ao ar livre e podem retomar a prática de desportos em espaços abertos, como ténis, golfe ou natação, a primeira etapa do plano de desconfinamento do Governo britânico.
As restrições continuam ao convívio de agregados familiares diferentes dentro de casa e, apesar de não existirem instruções claras sobre a distância que se pode viajar dentro do país, continua a ser proibido pernoitar fora da residência principal.
O comércio não essencial vai permanecer fechado até 12 de abril e os restaurantes e cafés só poderão servir dentro de portas a partir de 17 de maio, altura em que o Governo admite levantar as restrições de viagem para o estrangeiro.
Com o programa de vacinação bastante avançado, o primeiro-ministro, Boris Johnson, espera levantar completamente o confinamento em 21 de junho, autorizando eventos com público como concertos e jogos de futebol.
Porém, avisou os britânicos, é preciso manter a cautela “pois os casos estão a aumentar em toda a Europa e novas variantes ameaçam o nosso plano de vacinação”.
As outras regiões do Reino Unido – Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – estão a adotar medidas semelhantes, mas com datas diferentes. No País de Gales, milhares de pessoas invadiram praias e parques naturais no sábado, depois que as autoridades suspenderem as restrições de viagem que estavam em vigor desde dezembro.
O receio com a onda de infeções em curso em alguns países do continente europeu, como França, Alemanha ou Polónia, levou o Governo britânico a anunciar que vai exigir testes rápidos a profissões até agora isentas de quarentena, como camionistas ou tripulações de avião que cheguem do estrangeiro.
O ministro da Cultura, Oliver Dowden, disse à BBC, no domingo, que as etapas do desconfinamento “poderão ser atrasadas se a situação se deteriorar”.
Apesar disso, disse estar “confiante” de que segundas doses da vacinas contra a covid-19 serão administradas a tempo, mesmo com a possibilidade de redução no fornecimento.
“Temos em mente que temos de conseguir administrar as segundas doses, então estamos confiantes de que seremos capazes”. Estamos confiantes de que não será necessária a mistura de vacinas”, assegurou.
O Reino Unido é o país com mais mortes na Europa e o quinto a nível mundial, tendo registado 126.592 óbitos confirmados desde o início da pandemia covid-19.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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