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Reestruturação da TAP em stand by. Companhia espera há 7 meses para saber o futuro

O Governo esperava obter luz verde de Bruxelas em março, mas o plano de reestruturação da TAP continua à espera de uma resposta.

O plano de reestruturação da TAP continua por aprovar. Ao Expresso, a europeia Direção-Geral da Concorrência (DGCOMP) pouco disse sobre as negociações: “A Comissão não se compromete com o momento ou o sentido da decisão.”

O semanário aponta que esta declaração pode significa que o encerramento das negociações pode ainda estar distante. Este sábado, 10 de julho, faz sete meses que o plano de reestruturação foi entregue.

O aparente impasse sobre as negociações cria uma incerteza prejudicial à gestão e ao planea­mento da companhia aérea, agora já com a nova administração em funções.

Na quinta-feira, a TAP iniciou um processo de despedimento coletivo, no âmbito da reestruturação da companhia, que abrange 124 colaboradores.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CMVM), é possível perceber que, destes 124 funcionários, 35 são pilotos (o número inicial era de 458), 28 são tripulantes de cabine (antes eram 747), 38 são trabalhadores da área da manutenção e engenharia em Portugal (face aos 450 previstos) e 23 são pessoas que trabalham na sede da TAP (antes estavam previstos 300).

Os sindicatos ameaçam agora contestar judicialmente. O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) considerou que o despedimento coletivo “é desumano” e “não se justifica”.

“Entendemos que é uma medida errada, a TAP não tinha necessidade disto, é uma crueldade, a empresa precisa destes trabalhadores, hoje é notória a falta de mão-de-obra para executar trabalho”, realçou José Sousa, secretário-geral do SITAVA.

Já o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo e Aviação Civil (SNPVAC) apelidou o despedimento de “ilegal” e “sem fundamento” e adiantou também que vai recorrer a todos os meios legais ao seu alcance.

Por sua vez, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) considerou este despedimento coletivo “ilegal e injusto” e lembra que “põe em causa a paz social” na empresa.

ZAP // Lusa

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