O reembolso do IRS este ano será, em média, cerca de 30% superior quando comparado com os valores devolvidos em 2018.
De acordo com a simulação feita pela PwC para o Jornal de Negócios, os ganhos nos reembolsos são superiores para pensionistas, podendo chegar aos 72%, e para agregados familiares com salários mais baixos.
Os contribuintes com e sem filhos que recebam mil euros por mês, por sua vez, vão ver os seus reembolsos subir 41% face ao ano passado. Esta diferença significa, no caso de casados com dois filhos, receber mais 196,56 euros.
Os trabalhadores com salários mais altos também vão sentir diferença: um casal em que cada um dos membros tem um salário de 2500 euros e que tenham dois filhos vão receber mais 222,54 euros de reembolso, uma subida de 12% face ao ano anterior.
O aumento deve-se ao facto de, no ano passado, o Estado ter exigido mais impostos do que devia, através da retenção na fonte. Manuel Faustino, antigo diretor do IRS, citado pelo jornal, considera que esta é uma “poupança forçada”.
O IRS devido por cada contribuinte é fixado através de taxas progressivas definidas em escalões, dependendo do rendimento anual de cada trabalhador e só é apurado no final do ano depois da entrega da declaração de IRS. Os trabalhadores independentes e os pensionistas vão entregando mensalmente parte do seu rendimento, com base nas taxas de retenção na fonte.
Como não há uma equivalência a 100% entre a taxa final do imposto e a exigida mensalmente, os contribuintes estão a entregar mais IRS ao Estado do que o pretendido. É esta diferença que justifica o aumento dos reembolsos.
As contas da consultora revelam também que, subindo todos os anos, em 2019, os reembolsos devem chegar aos três mil milhões de euros.
Pagamos mais 30% de IRS o ano passado digo eu !
Náo é verdade isto